PF prende empresários de MG que adquiriram e aplicaram supostas vacinas contra Covid-19 em pessoas

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Na tarde da terça-feira (30), a Polícia Federal de Minas Gerais cumpriu mandados de busca e apreensão na casa de uma suposta enfermeira, que teria participado de uma vacinação irregular na cidade de Belo Horizonte, em uma clínica.

Em depoimento à Policia Federal, os elementos envolvidos, que são irmãos e empresários do setor de transporte, admitiram que adquiriram medicamentos de origem ilícita.

Ainda de acordo com fontes, à polícia os dois admitiram terem organizado a vacinação e que a divulgaram entre conhecidos. O pagamento, de R$ 600 por pessoa, seria feito via Pix.

Pelas imagens divulgadas pela PF do material apreendido durante a operação desta terça, foram encontrados um cartão de vacina assinado “Vacina Covid Pfizer 24/03/21”, seringas e o que parecem ser medicamentos.

A data parece rasurada e o cartão indica no campo da segunda dose outra data, “18/03/21”.

A principal linha de investigação da polícia é que as vacinas eram falsas. A PF também encontrou soro e ampolas na casa da suposta enfermeira. Os materiais foram apreendidos e serão encaminhados para a perícia criminal.

O Coren-MG (Conselho Regional de Enfermagem) informou que não consta nos registros da autarquia a inscrição de profissional de enfermagem no estado com nome da suspeita.

Ainda de acordo com a PF, a mulher que tem passagem por furto, teria vendido vacinas ilegais para outras pessoas, além do grupo que é investigado pela operação atual. Ela foi presa em flagrante, por crime previsto no artigo 273 do Código Penal.

Na sexta-feira, na ação que cumpriu seis mandados de busca e apreensão, os policiais encontraram no escritório de um dos irmãos citados anteriormente uma lista com nome de 57 pessoas que supostamente teriam sido vacinadas na garagem.

Os agentes da PF trabalha com três linhas de investigação: que as vacinas tenham sido importadas ilegalmente, sendo a origem chilena uma das hipóteses, que os medicamentos tenham sido desviados do Ministério da Saúde ou ainda que as doses eram falsas.

Vale lembrar quer além da vacinação revelada pela reportagem da piauí, ocorrida no dia 23 de março, com um grupo de cinquenta pessoas, segundo a revista, outro grupo, com cerca de 80 pessoas, teria sido vacinado na segunda última segunda feira.

Ainda segundo os policias, não se sabe ainda quais foram os efeitos nas pessoas vacinadas. O caso segue em investigação.

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