Santa Casa de Taquaritinga (SP) modifica Protocolo de Atendimento de Covid-19

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Na tarde de quinta-feira (25), o jornalista Gabriel Bagliotti, diretor presidente de O Defensor, conversou com o Diretor Administrativo da Santa Casa de Misericórdia “Dona Zilda Salvagni”, Wilson “Zezé” Davoglio e a Gerente Administrativa, Camila Bellentani Cano, para saber sobre o novo Protocolo de Atendimento, implantado no hospital taquaritinguense no combate ao coronavírus.

“Esse ano percebemos a circulação da nova variante com sintomas muito diferentes do ano passado, então, embora o diagnóstico seja feito muito mais rápido, o agravamento da doença também tem acontecido de maneira muita rápida e diante disso, vimos a necessidade da implantação desse novo procedimento dos pacientes que passam pelo Pronto Atendimento e, logo no primeiro contato, quando ele ainda está com a suspeita ou mesmo com a confirmação da infecção, já iniciamos o acompanhamento por telefone e avaliamos durante esse período se há a necessidade de intervenção, internação ou a realização de exames. Com isso, conseguimos avaliar se o paciente poderá ter seu quadro agravado futuramente, fazendo então uma intervenção precoce”, explicou Camila.

A Gerente Administrativa disse que a unidade hospitalar observou que aumentou muito a taxa de internação na UTI (Unidade de Terapia Intensiva), com mais de 100% da capacidade do hospital.

Já o Diretor Administrativo da instituição, lembrou também que “diante de todas as dificuldades que o sistema de saúde encontrou e vem encontrando ainda mais, com medicamento, porque essa nova onda de internações aumentou, principalmente na Unidade de Terapia Intensiva e dentro desse cenário, juntamente com a nova diretoria, esse novo protocolo foi adotado e os pacientes passam a ser acompanhados em suas casas por telefone”.

Camila Bellentani Cano e Wilson José Davoglio concederam entrevista ao jornalista Gabriel Bagliotti – Foto: Kevin Allan / O Defensor

“O resultado desse atendimento tem sido muito bom e temos conseguido intervir de maneira positiva”, afirmou Camila.

Ela comentou também que “a Santa Casa percebeu que por volta de janeiro deste ano, o quadro dos pacientes tem se agravado muito rapidamente, pois o diagnóstico nem se fechou ainda e ele já está com o comprometimento pulmonar de 50% a 70%, coisa que o ano passado isso não acontecia, pois esse comprometimento demorava a acontecer. Hoje, 50% dos pacientes que se contaminam com a Covid-19 têm algum comprometimento pulmonar”.

Zezé afirmou que “os pacientes que ficaram internados, permaneceram em média 15 dias hospitalizados e dois deles permaneceram por 90 dias, ou seja, por três meses. Com tudo isso, foram adquiridos mais dois respiradores, um inclusive foi doado pela Loja Macônica. Esse período em que vivemos tem sido muito complicado, por exemplo, ontem fechamos o dia com 12 pessoas na UTI e dessas, apenas dois são pacientes do convênio”.

De acordo com o Diretor do hospital, a Santa Casa tem cinco leitos habilitados pelo SUS e precisa renovar essa habilitação sempre para vir o pagamento. “Está faltando médico, porque estão aumentando os leitos e não encontramos médicos para trabalhar”, acrescentou.

A boa notícia é que um paciente que ficou internado por 33 dias teve alta na quinta-feira, momentos antes da nossa equipe chegar ao local.

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