Nutricionista dá dicas para quem não abre mão do chocolate

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Alimento, rico em flavonoides, é opção para muitos que sofrem com a ansiedade, mas deve ser consumido com atenção

A incerteza e o medo causados pelo novo coronavírus têm afetado diretamente o humor do brasileiro. Segundo a organização mundial de saúde (OMS), o Brasil é considerado o país mais ansioso do mundo. E que a ansiedade e o consumo de chocolate estão ligados não é novidade para ninguém. Rico em flavonoides, o doce tem o poder de aliviar a ansiedade, prevenir a depressão, promover bom humor e bem-estar, além de ajudar na concentração e no raciocínio.

A Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas (Abicab), estima que no Brasil sejam consumidos uma média de 2,6 quilos de chocolate por pessoa anualmente. Professora do curso de nutrição da Estácio, Camila Ávila, diz que não existe um consenso sobre a recomendação da quantidade diária que pode ser consumida. Mas, com atenção a algumas dicas, é possível sim manter o chocolate na dieta.

  • Dê preferência aos chocolates com maior concentração de cacau

“O cacau possui algumas substâncias como a teobromina capaz de realizar vasodilatação melhorando a circulação sanguínea. Além disso, ele também é considerado antioxidante e anti-inflamatório. Ou seja: quanto maior a concentração de cacau, mais benefícios o chocolate irá proporcionar”.

  • Evite aqueles que possuam em sua fórmula adoçantes como sacarina, ciclamato e aspartame;
  • Compre o que tiver menor quantidade de açúcar. Mesmo que tenha 70% de teor de cacau, é preciso evitar aqueles que têm o açúcar em primeiro lugar na lista de ingredientes;
  • Evite também aqueles que possuam gordura vegetal hidrogenada (a chamada gordura “trans”) ou que contenham gordura anidra de leite;

“É importante ficarmos de olho na lista de ingredientes, o chocolate com maior concentração de açúcar refinado e gordura hidrogenada será mais prejudicial. Portanto na hora da compra lembre-se: o primeiro item deve ser cacau, massa de cacau ou manteiga de cacau e o açúcar deve estar mais para o fim da lista de ingredientes”.

  • Evite os chocolates brancos. Apesar de não conter cafeína, o doce não tem adição de cacau. A produção é feita basicamente com manteiga de cacau. O chocolate branco também contém grandes quantidades de açúcar.

“O consumo exagerado do doce pode ocasionar excesso de peso, aumento da glicemia e triglicerídeos a elevação de pressão arterial, hipercolesterolemia, diabetes tipo 2, doenças coronarianas, entre outros problemas”.

Para crianças, é bom que você saiba que o chocolate precisa ter, pelo menos, 50% de teor de cacau em sua composição e ser livre de açúcares.

“Vale lembrar que a introdução de açúcar na alimentação das crianças não deve jamais ser feita antes dos 2 anos de idade”.

Mesmo sem um consenso geral acerca da quantidade de chocolate ideal para uma dieta balanceada, o ministério da saúde recomenda a ingestão máxima de 30g diárias.

“O ideal é que consigamos ingerir apenas 30g por dia o que equivale a um bombom”

Os tipos de chocolate e suas principais diferenças

Chocolate branco – não tem cacau e tem mais açúcar e gordura.

Chocolate ao leite – é o mais comum e possui cacau, leite e açúcar em sua composição.

Chocolate Ruby ou rosa – é um novo tipo de chocolate que contém 47,3 % de cacau, leite e açúcar. Sua coloração rosa é natural, pois é feita a partir do grão de cacau Ruby, e não possui aromatizantes nem corantes. Além disso, tem um sabor característico de frutos vermelhos.

Chocolate meio amargo – é o que tem 40 a 55% de cacau, pouca quantidade de manteiga de cacau e açúcar.

Chocolate negro ou amargo – é o que tem mais cacau, entre 60 a 85%, e menos açúcar e gordura.

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