Artigo: ‘Ler é melhor do que estudar’

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Por: Prof. Sergio A. Sant’Anna

Penso em um Brasil, cujos leitores discutam às obras que leram; e desse transbordar, cativem outros muitos que façam da leitura seu iluminar. E esses conquistem outros e mais outros, e que a leitura seja sua fonte de vida, uma potência entre os seus adeptos.

A leitura nem sempre desfilou como um direito comum, porém passou boa parte do tempo como um privilégio. Com a chegada da Segunda Revolução Industrial e a necessidade da alfabetização dos operários destas, a leitura tornou-se parte da vida das camadas menos privilegiadas da nossa sociedade.

O Pré-Modernismo, Escola Literária Brasileira, abordara essa temática seguindo a ótica de alguns escritores daquele período. Euclides da Cunha e seu “Os sertões”, além de Lima Barreto e o retrato suburbano. Este sofreu na pele as agruras e o racismo contido diante da nossa sociedade, que mesmo sendo um homem das letras padeceu por ser negro e vir da periferia.

Em um momento em que a Educação, Cultura, Artes são desvalorizadas pelo poder Executivo e seus cooptados, o ato de ler ascende-se ao questionamento, à oposição, ao alertar, e mais: libertar àqueles que ainda se fazem de desentendidos.

Leitura é liberdade; leitura é buscar por momentos não vividos; leitura é enriquecer-se em conhecimento, é acionar as chaves da criatividade; é raciocinar de modo independente. Você é aquilo que lê. Leio, logo existo! Faça da leitura o seu caminho, a ebulição do seu pensar. Leia por prazer, leia por diversão… não leia para memorizar, leia para aprender. Como diria o genial escritor e ilustrador Ziraldo: “Ler é melhor do que estudar”. Leia sem compromisso, todavia com a garantia de que teremos um “repeteco”, a releitura. Reler é o momento mais prazeroso do ato de saborear às palavras. É entrar em contato direto e profundo com aquele que ama (o livro). É o apogeu, o clímax. Êxtase.

A leitura não pode restringir-se aos muros escolares ou mesmo as estantes da biblioteca, a leitura deve ir às experiências que naveguem para além da escola. O estudante deve encerrar o seu ciclo de formação escolar com a vontade aguçada pela fome de leitura. Para isso, os livros não podem ser apresentados como obrigatórios, mas com a certeza de que nos possibilitarão o enxergar de novos caminhos. Leiam!

*Prof. Sergio A. Sant’Anna – Professor de Redação nas Redes Adventista e COC em SC e jornalista.

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!

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