Gaeco realiza operação contra facção criminosa em Ribeirão Preto

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O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo, com apoio da Polícia Militar, cumpriu mandados judiciais na segunda-feira (09) contra uma facção criminosa, em Ribeirão Preto (SP). A operação foi batizada com o nome ‘Kleptos’.

Segundo informações apuradas, entre os crimes alvos da ação estão tráfico de drogas e homicídio. Em uma entrevista coletiva, o Ministério Público e a Polícia Militar confirmaram que a Operação ‘Kleptos’, prendeu cinco pessoas e identificou, ainda, o impulsionamento de uma facção criminosa em uma das candidaturas ao legislativo da cidade. Dois alvos estão foragidos.  

Segundo informações do promotor Leonardo Romanelli, um advogado que já defendeu líderes da facção criminosa na Justiça, estaria ligado à cúpula do tráfico e recebia diariamente o apoio dos mesmos nas redes sociais.  O nome desse advogado não foi divulgado.

“As investigações revelaram não apenas a proximidade, mas a relação com agentes públicos e policiais militares. […] Estamos temerosos que haja a infiltração no Poder de pessoas ligadas ao crime e foi a partir disso que o nome da operação foi dado”, explicou Romanelli.  

Kleptos é derivado do termo grego cleptocracia, que significa “governo de ladrões”.

 Ainda na coletiva, o MP afirmou que documentos e cartas possivelmente enviadas ao sistema penitenciário foram apreendidas nos endereços do candidato a vereador de Ribeirão Preto. Computadores e diversos telefones celulares também foram encaminhados à perícia.  

Nos outros endereços visitados pelos agentes, drogas e armas brancas foram encontradas e lacradas. A suspeita é que tenham sido usadas nos chamados “tribunais do crime”.

 “Se confirmado o vínculo, o registro do advogado poderá ser caçado e a candidatura dele impedida pela Justiça Eleitoral. Ele não foi preso para que possamos aprofundar a investigação sobre o envolvimento dele nesse caso. Mas, é certo afirmar que já identificamos o favorecimento do PCC ao candidato”, disse o promotor. O patrocínio financeiro ainda será apurado. 
 
Sobre os presos, Leonardo Romanelli deixou claro que todos são integrantes da facção criminosa ou compactuam com o tráfico de drogas em Ribeirão Preto. Portanto, os alvos poderão ser denunciados em até 30 dias por organização criminosa, tráfico, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e até crime eleitoral. 

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