Aristeu Silva: “governaremos com igualdade para a população e não para os grupos políticos”

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O candidato afirmou ainda que “Todos os apoios que tivemos não são da classe política, mas sim são pessoas que estão conosco por acreditarem em uma Taquaritinga melhor e não fazem da política uma profissão”.

Dando sequência às reportagens de entrevistas com candidatos a prefeito de Taquaritinga nas eleições de 2020, conforme acordo celebrado entre a direção do jornal O Defensor com representantes de partidos/coligações, no início do mês, o entrevistado desta sexta-feira (30) é o funcionário público, ex-vereador e ex-superintendente do Ipremt Aristeu Silva.

Com respostas claras e objetivas o candidato cutucou a classe política municipal afirmando que “A velha política de Taquaritinga finge governar para o povo durante a campanha, depois que ganham, “o cobertor é curto” e quem fica descoberto é sempre o povo”.

Ao falar sobre os apoios que recebeu para está campanha asseverou que “Todos os apoios que tivemos não são da classe política, mas sim de pessoas que estão conosco por acreditarem em uma Taquaritinga melhor e não fazem da política uma profissão”.

Acompanhe a entrevista:

O Defensor – Na eleição municipal de 2016 o senhor obteve 1.990 votos. O que lhe faz ter a certeza que agora em 2020 será o escolhido pela população taquaritinguense para ocupar o cargo de chefe do executivo?

Aristeu Silva – Na eleição de 2016 tivemos quase 2.000 votos sem recursos financeiros e estrutura para a campanha, onde disputamos com 8 candidatos, em sua maioria com estrutura financeira. Estes números evidenciam que existem muitos eleitores que votam em propostas e que não trocam seu voto por algum favor pessoal. Sem medo de errar, somos a melhor opção, pois estamos pautados em números concretos, com um plano de cidade pé no chão e exequível. Ainda existem eleitores que votam em projetos reais e valorativos e não apenas em falácias e trocas de favores.

O Defensor – O senhor foi superintendente do IPREMT por mais de dois anos, a convite do atual prefeito. Nesse período, como o senhor avalia a conduta da atual gestão em relação aos repasses? E se eleito como pretende equacionar esse grave problema? 

Aristeu Silva – O Ipremt sempre foi um dos maiores problemas do nosso município, é igual fatura do cartão de crédito, pagam a fatura mínima e fazem de conta que não devem mais. Isso são os chamados parcelamentos de dívidas, onde usam o dinheiro do aposentado para fazerem obras faraônicas e depois, fazem os parcelamentos a perder de vista. No período que fiquei à frente da gestão do Ipremt houve uma regularidade dos repasses, porém antes da minha entrada já havia um déficit do ano de 2017 de quase 8 milhões. Em 2018 e 2019 conseguimos receber os valores principais, considerando o repasse do patronal. Porém, após minha saída, infelizmente voltou a novela de sempre, deixaram de fazer os repasses mensais, o que equivale a uma nova dívida. O Ipremt nunca esteve bem financeiramente e se continuar assim, será uma bomba relógio. A única maneira de resolver isso é mantendo os repasses regulares, que será um compromisso nosso, responsabilidade que nenhum prefeito cumpriu até agora.

O Defensor – Como é de conhecimento de muitos, o Senhor é funcionário público a mais de 20 anos, tendo ocupado nesse período cargos de chefia e em 2012 foi eleito vereador. De que forma o senhor avalia o funcionalismo público municipal e osenhor acredita que terá o voto maciço da classe?

Aristeu Silva – Sendo funcionário concursado, sou o único candidato que pode investir no funcionário concursado, os demais possuem compromisso em abrigar seus cabos-eleitorais por4 anos, e estes por sua vez, seguem ganhando mais que os funcionários de carreira. Hoje a prefeitura funciona com um gasto de mais de 500 mil reais mensais com salários de cargos de confiança (a maioria, cabos-eleitorais). Posso afirmar e garantir que com menos da metade destes custos e cargos é possível fazer uma boa gestão, inclusive valorizando a promoção de funcionários públicos de carreira. Fica aqui o meu desafio aos demais candidatos a cortarem 50% dos cargos comissionados que não são funcionários concursados.

O Defensor – Partindo da premissa que ninguém se elege por si só, mas sim pela junção de diversos apoios. Nesta eleição o senhor contará com o apoio de quatro partidos (PODEMOS / PRTB / PSB / AVANTE). Como o senhor avalia o grupo que lhe apoia? 

Aristeu Silva –Todos os apoios que tivemos não são da classe política, mas sim são pessoas que estão conosco por acreditarem em uma Taquaritinga melhor e não fazem da política uma profissão. Com base nisso, governaremos com igualdade, para a população e não para os grupos políticos. A velha política de Taquaritinga finge governar para o povo durante a campanha, depois que ganham, “o cobertor é curto” e quem fica descoberto é sempre o povo.

O Defensor – Em sua opinião como esta a saúde, educação e as finanças do nosso município? Como o senhor pretende atuar nessas importantes áreas se for eleito no próximo dia 15 de novembro?

Aristeu Silva – Saúde: Já virou lugar comum em toda campanha política se prometer aumento de recursos para a saúde. Taquaritinga recebeu para combater o COVID-19 até setembro 7,11 milhões de reais. Dessa verba, apenas 3% é recurso estadual. Ou seja, o governo federal destina os recursos e o governo estadual quer sair na foto atrapalhando a vida do cidadão. Aliás, em Taquaritinga temos dois candidatos que apoiaram e são alinhados com Governador João Dória e seuVice Rodrigo Garcia: o atual prefeito, que é do mesmo partido dele e o ex-prefeito que apoiou sua campanha na cidade e foi cargo de confiança do Governador e Vice-Governador até as vésperas de sua candidatura. Nem metade do recurso de combate ao COVID foi aplicado na cidade até o final de setembro. Outro dado interessante de Taquaritinga é que atualmente 73% da população de Taquaritinga é usuária do SUS. Nossa proposta é trabalhar com uma saúde preventiva, fortalecendo o programa da saúde da família, da mulher, do idoso, bem como agentes comunitários de saúde, possibilitará uma redução da sobrecarga do sistema, e consequentemente uma redução nos gastos.

Educação: Se eleito, em nosso governo a educação será prioridade e não ficará somente no discurso de campanha. Estamos observando que o mundo está de olho no avanço da tecnologia e na revolução industrial 4.0. Enquanto isso, 54% das escolas municipais nãopossuem sequer biblioteca ou sala de leitura. Dez escolas municipais dos anos iniciais tiveram nota no IDEB em 2019 e 2017, permitindo a comparação entre os anos. O resultado é desastroso. Metade das escolas tiveram queda de nota no IDEB e uma ficou estagnada. Quatro avançaram, sendo que apenas uma das que avançaram atingiu a meta. Infelizmente educação não foi prioridade para os prefeitos em Taquaritinga. Prova disso é que aproximadamente 60% dos professores são eventuais. O município assinou um termo de ajustamento de conduta (TAC) com o Ministério Público sobre vaga em creches e vem descumprindo. Para melhorar os índices do nosso município, acreditamos que educação é um tema transversal, que se conecta em todas as áreas e que através de uma boa gestão financeira, de acompanhamento de resultados em parceria com as escolas municipais é possível mudar a realidade estampada nos resultados da educação de Taquaritinga. Para conectar Taquaritinga na revolução 4.0, é importante estreitarmos as relações com as entidades de ensino superior do nosso município, em especial, a FATEC, para que consigamos promover parcerias para cumprir este objetivo. Além disso, precisamos estreitar as relações com as entidades do sistema S (SESI, SENAI, SENAC, SENAR) com o objetivo de qualificar a nossa mão de obra, realizando diversos cursos técnicos e também de geração de renda para melhorar a qualidade de vida dos nossos munícipes.

Finanças: A Receita Líquida do Município até julho de 2020 estava na casa de 175 milhões de reais. Comparando 2020 com 2019, houve um aumento da RCL de aprox. 6,5 milhões, muito se deu em virtude da ajuda do governo federal a todos os municípios para superar o período de pandemia. Quase 53% do nosso orçamento está comprometido para os gastos com gente. Pretendemos tratar do anseio da população no que tange a geração de empregos. Se existe emprego, existe arrecadação. E se existe arrecadação, há a possibilidade de se investir mais e melhor em todas as áreas. Infelizmente, o que vemos em Taquaritinga é ao contrário disso e é histórico. Em 2019 perdemos 205 postos de trabalho. Enquanto perdíamos emprego, a cidade de Matão conseguiu criar 1.092 novos postos de trabalho. O setor que mais contratou em 2019 Taquaritinga foi a agropecuária, fechando o ano com 106 novos postos de trabalho. As exportações de Taquaritinga caíram de 47,8 milhões de dólares em 2017 para 23,8 milhões de dólares em 2019. Os maiores produtos de exportação da cidade foram: Amendoim e sumo de fruta. Esses dois produtos responderam por mais de 95% de nossas exportações. Vamos atuar fortemente para melhorar as nossas finanças, buscando investimentos e incentivando o agronegócio do município. Conto com a sua confiança e o seu voto para melhor o município.

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