Nossa Palavra – Uma cidade esquecida pelo poder público municipal

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Na Roma Antiga, para aplacar a insatisfação da população contra os governantes, os líderes romanos davam-lhe comida e diversão, uma forma de manter o povo fiel à ordem estabelecida. E hoje, é diferente?

Muitas pessoas esperavam que a chegada do atual prefeito ao Paço Municipal implicasse uma mudança radical nos costumes político-administrativos e, principalmente, na fisionomia urbanística da cidade. Esse sentimento tinha alguma razão de ser, se consideramos que o atual prefeito sempre foi um político identificado com as demandas sociais.

Aparentemente, nada mais lógico que suas ideias, abraçadas e defendidas como vereador (por vários mandatos) e empresário fossem levadas à prática, quando estivesse no comando do Município. Mas só aparentemente, porque o que se percebe é o alargamento do fosse que separa o discurso da ação.

As alternativas apontadas pelo então candidato a prefeito para melhorarem os setores da saúde, transporte coletivo e educação, apenas para ficar nestes três exemplos, esvaíram-se como fumaça. O desejo de realizar, por mais forte que seja, acabou se curvando ao peso da realidade, que não permite vacilos nem desvios. Quando muito, alguns atalhos.

É triste verificar a repetição dos mesmos erros, quando a expectativa gerada era bem diferente. É doloroso constatar o que vem acontecendo em nossa cidade. Não agrada (mas irrita e incomoda) ver repetidas práticas e gestos que produzem para a sociedade mais que o logro e a exploração.

Não sem razão é o brado de indignação de alguns vereadores, ao criticarem a leniência do atual governo. Para eles, “não adianta só ter boa vontade”. É preciso agir. E a administração municipal não conseguiu, até agora, ir além da mesmice.

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