“O pior ficou para trás. Entramos numa trajetória consistente de reação”, diz Paulo Skaf

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O PIB brasileiro recuou 9,7% no 2º trimestre frente ao 1º trimestre de 2020. Essa queda recorde do PIB trimestral é consequência das medidas de distanciamento social para conter a covid-19 que resultou no fechamento de milhares de estabelecimentos e reduziu a demanda. A indústria total (mineração, transformação, construção civil e serviços industriais de utilidade pública) caiu 12,3% enquanto a indústria de transformação recuou 17,5%.

No entanto, este resultado reflete o que está no retrovisor, o pior momento ficou para trás. A partir de maio, a indústria e o comércio varejista entraram numa trajetória consistente de reação. O comércio varejista exibe forte dinamismo, resultado, em grande medida, das transferências de renda feitas pelo governo federal para conter os impactos econômicos da pandemia. Com relação ao mercado de trabalho, em julho houve abertura de 131.010 vagas com carteira assinada, o melhor resultado para o mês desde 2012.

A projeção para o resultado do PIB em 2020 é de uma queda de 4% a 5%. É importante salientar que as medidas econômicas adotadas ainda este ano são cruciais para atenuar os impactos da pandemia, bem como evitar o acúmulo de agenda para 2021.

Precisamos consolidar as conquistas dos juros baixos e inflação controlada. Para isso, é fundamental a reconstrução do equilíbrio das contas públicas e dar continuidade a agenda de reformas, construindo, assim, as condições para a retomada do crescimento econômico nos próximos anos.

Paulo Skaf, presidente da Fiesp e do Ciesp

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