Artigo: Romper o tecido da velha política

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Por: Caio Forcel*

Quase que diariamente, nas caminhadas e conversas que faço pela cidade, neste trabalho de formiguinha que fazemos, sempre sou questionado sobre a mudança, esse desejo impresso na feição dos taquaritingueses descontentes com a política.

Inevitavelmente a política em Taquaritinga é sobretudo pessoas. Quem está liderando esse ou aquele grupo. Quem serão os candidatos. E por isso, é preciso que desde já tracemos uma linha no meio deste campo. Assim, seremos nós versus eles, a mudança contra o continuísmo.

Se puxarmos pela memória ou buscarmos na história, vamos perceber que os últimos cinco prefeitos, em algum momento, estiveram juntos, na ânsia pelo poder, unidos pelos interesses eleitorais. Nenhum deles com algum compromisso mais programático, ou seja, aquele que busca o bem comum.

Cada qual com sua formação. Todos brancos. Quase todos de famílias tradicionais. E, politicamente, muito parecidos. Agarram-se a meia dúzia de frases cunhadas por marqueteiros que os fazem ganhar as eleições. Depois, o que todos nós já conhecemos: utilizam da guerra política para justificar a inoperância, o abandono, a perda dos direitos.

Verificado isso tudo, aliado ao que os nossos olhos veem nas ruas, nas praças, escolas, no descontentamento do funcionalismo, no aumento dia após dia no número de desempregados, situação essa agora agravada em razão da Covid19, não há outra opção que não seja romper. Abandonar com a velha forma de ver e resolver os problemas, dos mais simples aos mais complexos.

Interromper esse ciclo vicioso, não dar mais chances para prefeitos de remendo em colcha velha. E para fazer isso, não é mais admissível a continuidade do projeto que aí está, tampouco o retorno daquelas figuras que praticamente fugiram de Taquaritinga ao terminarem seus mandatos.

É por acreditar na força do novo, rasgando o tecido espesso que tem a velha política, que me coloquei, dentro do PDT, partido que tenho a honra de presidir, como pré-candidato a prefeito.

Os desafios serão ainda maiores neste mundo pós-pandemia. É preciso dar o que comer aos que tem fome, mas também é preciso planejar o futuro, buscando construir uma base sólida para o desenvolvimento calcado na geração de emprego e renda, e, na qualidade de vida, através de serviços públicos prestados com eficiência. Não será com discurso barato, maquilagem do que é feio e práticas já conhecidas que conseguiremos vencer. É preciso a coragem de um pai, a determinação de um empreendedor e a pressa de um jovem para rumarmos por uma Taquaritinga mais feliz.

*Caio Forcel, 24 anos, é presidente do PDT em Taquaritinga. Foi Assessor Parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo (2015-2019) e Diretor de Gestão Pública na Prefeitura de Taquaritinga (2013-2014).

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