Sumiço geral: CPI do Museu expõe relatório e aponta extravio de peças do acervo

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Depois de várias reuniões, chegou ao fim da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) aberta para apurar o desmonte do Museu Histórico Municipal José Martins Sanches Filho. O objetivo era localizar as peças do acervo, bem como identificar responsáveis por sua eventual dilapidação.

O relatório foi lido na sessão de segunda-feira, 9 de setembro de 2019, pelo presidente da CPI, vereador Marcos Marona, o ‘Bonilla’, que foi diretor do museu durante um período da administração do prefeito Paulo Delgado. Além dele, compuseram a comissão os vereadores Juninho Previdelli (vice-presidente) e Genésio Valensio (relator).

Marcos Marona, o ‘Bonilla’, que foi diretor do museu durante um período da administração do prefeito Paulo Delgado – Foto: Gabriel Bagliotti / O Defensor

Diante dos depoimentos colhidos, a conclusão é que houve descuido dos responsáveis pelo armazenamento e transporte dos bens do museu, que ficava em um prédio alugado, na Praça Dr. Waldemar D’Ambrósio, e foi desativado na gestão do prefeito Fulvio Zuppani.

De acordo com as conclusões resultantes do inquérito, “os bens foram separados, parte foi levada para o pátio do almoxarifado, como tratores, parte para a Prefeitura, parte para o barracão do Horto, que mais tarde veio a ser acometido por um incêndio”.

Esse incêndio ocorreu em 4 de abril de 2014. A CPI juntou boletins de ocorrência, laudos e fotos apresentadas pelo então secretário de Meio Ambiente, Fabiano Bellan, um dos depoentes. As chamas não consumiram as peças, que estariam guardadas em uma parte não atingida do barracão.

A partir das investigações, conclui-se que o fogo atingiu uma parte do galpão em que ficavam pneus, não prejudicando as cristaleiras, máquinas tipográficas e outros objetos. Talvez o calor decorrente das altas temperaturas possa ter afetado algumas poucas coisas, mas sem grandes prejuízos.

“Há indícios de responsabilidade por omissão, diante da possível condução, transporte e condicionamento dos bens que guarneciam o museu, sem um controle efetivo, sem um relatório que apontasse em quais lugares estavam quais bens, sem uma proteção adequada, como uso de plásticos bolhas e afins”, informa o relatório.

 Ainda de acordo com o texto, “os bens não encontrados devem ter sido alvo de perdas, provavelmente causadas pela omissão dos responsáveis por sua guarda. E conforme análise dessa Comissão, chegou-se à conclusão de que somente 60 objetos foram encontrados, incluindo 9 quadros doados por Madalena Olivastro, totalizando 726 peças do museu que não foram encontradas, sendo 102 peças doadas por Madalena Olivastro.”

As apurações serão remetidas ao prefeito Vanderlei Mársico para que instaure procedimento administrativo, se assim entender, por se tratar de servidores públicos e supostas irregularidades em próprios públicos, bem como ao Ministério Público para que tome ciência dos atos praticados e aja conforme suas atribuições.

Peças em exposição no museu que funcionou em prédio que era localizado atrás do Santuário de Nossa Senhora Aparecida

Assessoria de Imprensa CMT

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