Teste de tuberculose em bovinos pode ajudar a curar a doença em humanos

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A tuberculose, doença bacteriana que geralmente afeta os pulmões, é causada pela bactéria “Mycobacterium tuberculosis”, mas, também pode ocorrer de atingir outras partes do corpo, em outros organismos da mesma família, e provocar a doença. Embora a vacina para prevenir a infecção (a BCG), ofereça um índice de proteção entre 50% e 80%. Tanto que a tuberculose ainda está entre as doenças infecciosas mais perigosas e disseminadas do planeta e, segundo as estimativas, 3 pessoas morrem a cada minuto por conta desse mal.

Um dos tipos da doença é comum em bovinos e, de acordo com Kristy Hamilton, do site Iflscience, levantamentos apontaram que, de todos os casos de tuberculose registrados no mundo, 10% são causados pelo contágio dessa bactéria encontrada no gado, muitas vezes por conta do consumo de leite não pasteurizado.

Nos animais, a tuberculose também causa diversos problemas de saúde e impacta a produtividade, o que não é nada interessante para os criadores de gado. Os medicamentos para cura são produzidos a partir de versões inativas da bactéria, caso sejam realizados testes, os resultados acabam detectando a presença dos patógenos no organismo dos animais, ainda que eles jamais tenham contraído a doença.

Um dos métodos mais comuns para se combater a tuberculose em bovinos consiste em realizar exames e, caso o resultado seja positivo, sacrificar o animal contaminado. Então, muitas vezes não se aplica a vacina para evitar a morte do animal que não estão, de fato, doentes e, com isso, o controle da tuberculose não só acaba sendo prejudicado, como existe pouco interesse por parte das autoridades e dos criadores em promover a vacinação dos rebanhos.

Segundo Kristy, pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia estão trabalhando em um método capaz de diferenciar animais contagiados com tuberculose dos que foram vacinados. Trata-se de teste que consiste em uma variedade de substâncias que reagem apenas quando entram em contato com a bactéria que causa a doença, provocando uma reação imunológica dos animais doentes.

Ao evitar que animais imunizados e saudáveis sejam sacrificados, o teste poderá motivar os governos a lançar campanhas de vacinação e os criadores de animais a aderir às iniciativas, o que, consequentemente, trará impactos positivos no controle da doença em humanos.

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