Temporal: SP vai decretar estado de emergência em bairros atingidos

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A tempestade da última segunda-feira causou inundações e a morte de 13 pessoas.

A Prefeitura de São Paulo anunciou nesta terça-feira (12) que vai decretar estado de emergência nas áreas mais atingidas pelo temporal de segunda-feira (11).

De acordo com o prefeito Bruno Covas, está sendo elaborado um mapa das regiões que mais sofreram com os alagamentos para que seja editado o decreto. “Para que as pessoas possam se utilizar, por exemplo, do FGTS [Fundo de Garantia por Tempo de Serviço]”. A população afetada também pode pedir isenção do Imposto Predial e Urbano (IPTU).

Na Grande São Paulo, as chuvas causaram a morte de 13 pessoas. O secretário municipal de Segurança Urbana, José Roberto Rodrigues de Oliveira, informou que, além daquelas, uma criança de 9 anos morreu soterrada no Parque São Rafael, na zona leste paulistana. Há registro de um afogamento na Avenida do Estado, que margeia o Rio Tamanduatei, que transbordou, totalizando duas mortes na capital.

Em Ribeirão Pires, morreram quatro pessoas. Em Embu das Artes, uma pessoa morreu devido a um deslizamento.Três pessoas morreram em São Caetano, dois em Santo André, um em São Bernardo do Campo, por afogamento. Seis pessoas ficaram feridas. A cidade de São Bernardo declarou ontem situação de calamidade pública.

Na capital paulista, de acordo com balanço da prefeitura, foram atendidas mais de mil famílias, até o momento. A previsão do prefeito Covas é que 1,3 mil recebam atendimento da administração municipal. Foram distribuídas até o momento 800 cestas básicas e 800 kits de higiene.

Covas disse que a prefeitura tem investido em obras de drenagem contra enchentes. Segundo o prefeito, dos R$ 185 milhões previstos no último orçamento municipal para construção de piscinões, R$ 161 milhões já foram gastos. De acordo com o prefeito, deixaram de ser investidos nas obras R$ 395 milhões que fariam parte de aportes dos governos estadual e federal. O orçamento total previsto em 2018 para as obras de drenagem seria de R$ 580 milhões.

Apesar da redução no volume esperado de recursos, o prefeito disse que, desde 2017, a administração municipal entregou três piscinões para acúmulo do excesso de água de chuva e, até 2020, vai construir mais cinco.

Segundo o prefeito, a situação ocorrida nesta semana foi atípica, com um volume de chuva equivalente a um terço do previsto para todo o mês de março – 70 milímetros em 24 horas. “Mesmo que todos os piscinões estivessem construídos, a gente teria os problemas que a gente teve”, afirmou.

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