Nossa Palavra – O verdadeiro sentido da vida

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A vida numa cidadezinha pacata e parada como Taquaritinga, onde até há pouco tempo deixava-se o carro com chave no contato na hora do almoço, dormia-se com a janela do quarto aberta e até comprava-se de caderneta no armazém da esquina, onde todos conhecem cada um, não era para as famílias colecionarem tantas inimizades por causa dessa tal política partidária de que tanto falam nas redes sociais pelo celular.

Tem famílias que não se conversam mais por conta dessa dicotomia direita x esquerda, nem mais sentam nas calçadas em cadeiras rústicas ao cair da noite para “tomar uma fresca” (e olha que o calor está de rachar mamona), para o tradicional cafezinho e um bom dedo de prosa trocado entre os vizinhos que hoje mal se entreolham pela janela. As redes sociais ao invés de harmonizar criaram um clima de guerra.

Observa-se em outras cidades que passada euforia da disputa eleitoral, o clima de convivência entre os moradores volta ao normal. Perde-se aquela ferrenha briga de foice entre os partidos rivais. No município não é assim que acontece. As agremiações políticas disputam palmo a palmo, se preciso for de revólver em punho (não riam, porque isso já aconteceu algumas vezes em Taquaritinga), o território escolhido.

Ao contrário de outros municípios, que deixam picuinhas e entreveros para serem lavados em público na semana das eleições, aqui na nossa essa “roupa suja” é lavada nos quatro anos seguintes do pleito e nos quatro anos antes do pleito. São armadas vinganças, embustes, planos estratégicos e até emboscadas pelos opositores de plantão. Falamos de um cenário geral, que o povo entende, e não de ciladas geradas em si.

É uma pena que uma cidade como Taquaritinga, que tanto precisaria de união e cujo dístico prega “Um só coração”, esteja fadada a viver de solavancos e cataclismas por conta de suas polêmicas infindáveis nas redes sociais e nas mesas de botecos. E o que é pior: que são tão bem alimentadas nos corredores da Prefeitura e da Câmara por alguns asseclas da administração municipal ávidos por uma “boquinha”a mais.

Quando o prefeito Vanderlei ou anteriormente também o prefeito Fúlvio reclamava imagina-se como é um calvário cadeira do chefe do Executivo. Não é moleza governar uma cidade inteira, porque há divergências de opiniões, de ideias, planos, de plataformas políticas.

Ao expor uma opinião nas redes sociais, os munícipes devem ter jogo de cintura suficiente para amealhar uma ideia diferente da sua. Não é para brigar, não é para matar um ao outro. É para debater, é para dialogar. Infelizmente, o que vemos nas redes sociais é uma guerra civil, um caos total só existente em casa que falta pão, onde todos brigam e ninguém tem razão. Talvez estejamos precisando de pão.

O verdadeiro sentido da vida é a harmonia, a paz, amizade verdadeira. Vivemos numa comunidade e precisamos ser solidários. E solidariedade não é só ajudar o próximo que passa por dificuldades financeiras. Às vezes um abraço, um aperto de mão, um sorriso, valem mais do que milhões de reais. É só fazer o teste amigo em sua própria rua, em seu próprio bairro. Vamos fazer valer “um só coração”. E pense grande!

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