Dia do Médico: Profissão cresce nos últimos anos no Brasil, mas perfil ainda é marcado por desigualdades sociais

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Universidade de São Paulo (USP) ocupa a posição de melhor faculdade de medicina do Brasil e também da América Latina.

Nesta quinta-feira, 18 de outubro, as homenagens se voltam para o mundo da saúde, pois a data é marcada pela celebração do Dia do Médico. A lembrança é vinculada ao dia de São Lucas, que teria estudado medicina além dos seus outros ofícios, como pintura, música e história. A tradição de ter o apóstolo como patrono dos médicos se iniciou por volta do século XV.

A história da profissão no Brasil se iniciou no ano de 1829, de acordo com os dados da Academia Nacional de Medicina. A primeira instituição a oferecer o curso superior foi a Escola de Cirurgia da Bahia (atual UFBA), criada pelo príncipe português regente D. João VI. Posteriormente, a Faculdade de Medicina da Universidade do Rio de Janeiro (UFRJ) passou a ministrar aulas no estado carioca.

Profissionais: O número de médicos no Brasil chegou atingir, em um patamar histórico, 451.801 profissionais da área no mês de janeiro deste ano. Este dado demonstra um crescimento de 665,8% nos últimos 50 anos. Embora o aumento de médicos em território brasileiro seja maior, a distribuição deles pelas regiões do país não diminuiu. Um exemplo disso é a região Sudeste, onde residem mais de 41% dos brasileiros e aonde estão cerca de 55% dos médicos, o que representa um total de três médicos para cada mil habitantes; ao contrário da região Nordeste, que possui 8% da população e disponibiliza apenas um médico para o mesmo número de pessoas.

Qualidade: O Brasil ocupa o 89° lugar em um estudo realizado sobre a qualidade e acesso a saúde, feito com 195 países. Outra informação curiosa é a porcentagem obtida em relação às mortes “evitáveis”, ou seja, doenças tratáveis e que possuem cura; em uma escala de 0 a 100, o nosso país obteve a pontuação de 64,9, ficando atrás de países como Argentina, Chile e Uruguai, a frente somente da Venezuela no âmbito de nações da América Latina.

Melhores instituições: Há anos consecutivos, a Universidade de São Paulo (USP) sustenta o posto da primeira colocação do melhor curso de medicina brasileiro e da América Latina. Em seguida, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) dão continuidade na lista. O pior curso superior da profissão, segundo os dados do MEC de 2017, é a graduação ministrada pela Universidade Regional de Blumenau, em Santa Catarina (SC).

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