25 de novembro de 2024
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Mitos e verdades sobre a alopecia

Conheça as causas, os tratamentos e as informações incorretas que se popularizaram sobre o problema.

A alopecia é uma condição que afeta muitas pessoas ao redor do mundo, independentemente do sexo. No Brasil, a estimativa é que ela atinja mais de 42 milhões, segundo a Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC). Entender as causas e desmistificar informações incorretas são ações fundamentais para a realização de um tratamento eficaz.

A perda de cabelos e pelos em qualquer parte do corpo é designada como alopecia. De acordo com o Ministério da Saúde, diferentes fatores contribuem para a queda capilar. Por isso, também há vários tipos do distúrbio, que pode ser passageiro ou definitivo.

Hereditariedade, causas hormonais, estresse, problemas na tireoide, infecções, má alimentação com carência de vitaminas, traumas na região, excesso de oleosidade e do uso de produtos químicos muito agressivos são fatores que contribuem para essa perda.

O Ministério da Saúde explica que, embora a alopecia seja mais comum em homens por conta da presença do hormônio testosterona, ela também pode atingir mulheres com menor intensidade.

Tipos de alopecia

Os tipos mais comuns de alopecia são androgenética e areata. No primeiro caso, a queda capilar é de origem genética, e tende a afetar pessoas de ambos os sexos na faixa etária entre 40 e 50 anos.

A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) esclarece que a alopecia androgenética  (conhecida popularmente como calvície) é caracterizada pelo afinamento do cabelo, processo que tem início ainda na adolescência. A cada ciclo de renovação capilar, os fios tornam-se mais finos deixando o couro cabeludo aparente. 

Foto: Freepik

Já a alopecia areata é mais comum na faixa etária abaixo dos 20 anos. Consiste na perda de cabelos e pelos no couro cabeludo, barba e sobrancelhas, por exemplo. Essa queda, porém, forma rarefações arredondadas. Depois de algum tempo, o cabelo volta a crescer. Conforme a SBD, ela está mais relacionada a fatores genéticos, imunológicos e emocionais.

Outro tipo menos comum é a alopecia por tração, quando a queda dos fios é ocasionada por conta de penteados que forçam a raiz capilar. Também existe a alopecia cicatricial, causada por doenças raras que inflamam o folículo piloso, que é substituído por um tecido cicatricial.

Formas de tratamento

Para realizar o tratamento adequado, é preciso conhecer o que causa a alopecia. Segundo as autoridades de saúde, a condição pode ser evitada a partir da prevenção aos fatores de risco — que pode incluir o uso de medicamentos, como o minoxidil

As alopecias androgenética e areata, contudo, não podem ser prevenidas, pois estão relacionadas à genética, hereditariedade e imunidade.

O paciente precisa passar por uma avaliação médica para determinar qual é o tipo de tratamento mais indicado. Em algumas situações, apenas o transplante capilar poderá solucionar o problema.

Cuidado com armadilhas

As autoridades de saúde alertam sobre os riscos à saúde quando o paciente acredita em tratamentos milagrosos ou realiza a automedicação.

Cortar os cabelos seguindo as fases da lua é uma superstição. Raspar a cabeça quando os primeiros fios começam a cair também não contribui para evitar a evolução da alopecia. Outro mito é o de que lavar os cabelos com frequência ou usar o secador podem intensificar a queda.

As verdades sobre os cuidados com os cabelos incluem a liberdade de escolher quando quiser cortá-lo. A frequência para lavá-los depende se a pele é seca ou oleosa — o ideal é evitar o acúmulo de oleosidade. Por fim, o secador deve ser usado com cuidado para evitar queimaduras.

A orientação das autoridades de saúde é procurar pelo médico dermatologista para uma avaliação precisa e a indicação do tratamento adequado.