Nossa Palavra – A Vacinação Infantil no Brasil
Diante dos baixos números preocupantes de crianças brasileiras que receberam as doses de vacinas contra a poliomielite e a de multivacinação, o Ministério da Saúde decidiu prorrogar as campanhas de imunização, até 30 de setembro. A princípio, seria até o dia 9 deste mês.
O balanço, após mais de um mês de campanha, divulgado pelo Ministério da Saúde, é extremamente preocupante. Apenas 35% das crianças, de 1 a 4 anos, tomaram a vacina. A meta é vacinar 95% do público-alvo, cerca de 14,5 milhões de pessoas.
O PNI (Programa Nacional de Imunizações) recomenda a vacinação contra a pólio, em crianças a partir de 2 meses até menores de 5 anos de idade. A doença, também chamada de paralisia infantil, provoca o comprometimento do sistema nervoso, levando à paralisia de membros e alterações no movimento. Em alguns casos, pode ser fatal.
O esquema é feito com duas doses de injeção aos 2 e aos 4 meses de idade e uma gotinha aos seis meses. Depois disso, a criança deve tomar uma dose de reforço aos 15 meses e outra aos 4 anos de idade.
A poliomielite foi erradicada do país em 1994, mas a baixa cobertura vacinal e o crescimento de movimentos antivacina preocupam autoridades e especialistas da área.
Quanto à multivacinação, o objetivo é incentivar a atualização da caderneta de vacinação das crianças e jovens até os 15 anos de idade.
As duas campanhas de vacinação coincidem com a da Covid-19. Segundo o Ministério, as vacinas poderão ser administradas de maneira simultânea ou com qualquer intervalo na população a partir de três anos de idade.
Até oito, dez anos atrás, o Brasil não registrava essa onda antivacina, mas atualmente, médicos e especialistas em saúde pública se manifestam preocupados, com a possibilidade desse quadro de baixa vacinação provocar novas catástrofes sanitárias, com o reaparecimento de doenças que foram comuns no passado e que já estavam controladas. Elas são graves e podem levar à morte. Precisamos agir o mais rápido possível.