23 de dezembro de 2024
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Tenente Lourençano: “Tentaram me comprar no gabinete do prefeito”

Entrave entre o presidente da Câmara e o prefeito municipal se agrava dia a dia.

A presença do vereador tenente Marcos Lourençano, presidente da Câmara de Taquaritinga, no programa jornalístico da Massa FM, quinta-feira (11), deu mostras da rivalidade existente entre ele e o prefeito municipal e que, pelo jeito, sem dia para acabar.

O presidente da Câmara, Tenente Lourençano, em entrevista ao Programa Microfone Aberto, da Rádio Massa

A questão inicial da entrevista pautou-se sobre o incidente ocorrida na sessão virtual de segunda-feira (8), onde apenas os vereadores considerados oposicionistas ao prefeito, participaram. Os demais, da ala situacionista, boicotaram a reunião virtual, mas, por outro lado, foram todos na Câmara Municipal, exigindo pela sessão presencial, uma vez aprovada na sessão anterior, segundo os vereadores, que não puderam entrar no prédio, uma vez que a fechadura havia sido trocada, confirmada pelo presidente do Legislativo, na entrevista.

A presença do presidente da Câmara Municipal, à frente dos microfones da emissora, por quase 50 minutos, serviu para demonstrar todo o ódio que carrega contra o prefeito, dizendo que fez um juramento que “não aceita que vereadores se vendam para o prefeito, pois para eles, a verdade é o que o prefeito fala”. Foi mais além, dizendo que “o local dos vereadores se reunirem é na Câmara e não no gabinete do prefeito”, referindo-se aos vereadores situacionistas.

Em dado momento, disse que “já fui ameaçado de morte, mas não tenho medo desse tipo de conversa”. Comentou, também, sobre o processo aberto pelo prefeito contra ele, “pelo fato de tê-lo chamado de maluco, pelas atitudes tomadas na Prefeitura, ofendendo funcionários que não aceitam o jeito maldoso de administrar”.

O que mais chamou a atenção na entrevista, foi sobre uma conversa que teve com uma pessoa no gabinete do prefeito, a qual “tentou me comprar, oferecendo 5% do valor do empréstimo que o prefeito estava solicitando para ser aprovado pelos vereadores, na época, entre 10 a 18 milhões de reais”.

Fez séria crítica contra o vice-presidente do Legislativo, bombeiro Luciano Azevedo, que incentivou as pessoas a comparecer na inauguração do prédio do cinema, “pois sendo ele bombeiro, sabia muito bem que o prédio não possuía AVCB, mas não se importou com isso”.

Falou também sobre a construção do palco permanente na praça “Dr. Waldemar D’Ambrósio”, dinheiro gasto que poderia ser aplicado “na compra de remédios, e até mesmo pagar a empresa municipal de transporte coletivo, que não recebe há 4 meses e paralisou suas viagens aos distritos, prejudicando as pessoas daqueles locais”.

Por fim, até elogiou a atual administração municipal, mas que “o povo vai saber das verdades daqui há dois anos, assim que terminar o mandato do prefeito”.