Artigo: Os intrincados caminhos do PSD para as eleições de outubro
Por: Luís Bassoli*
O PSD, partido ao qual estou filiado desde 2019, a convite da minha amiga Patrícia Mársico, presidente do Diretório Municipal, é um partido de “centro”.
Seu presidente nacional, o ex-prefeito de SP, Gilberto Kassab, foi ministro de Dilma Rousseff e de Michel Temer.
Reconhecido por sua “habilidade política”, Kassab tenta conciliar a divisão regional entre apoiadores de Lula/Alckmin e bolsonaristas.
É fato que os mais importantes quadros do PSD declararam apoio à chapa Lula/Alckmin já no primeiro turno, dentre eles:
√ O ex-prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil;
√ O senador pelo Amazonas, Omar Aziz, líder do PSD no Senado e ex-presidente da CPI da Covid;
√ O senador pela Bahia, Otto Alencar;
√ O ex-presidente da OAB, Felipe Santa Cruz, pré-candidato ao governo do RJ;
√ O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes; e
√ O deputado federal Fábio Mitidieri, pré-candidato ao governo de Sergipe.
O PSD estará do lado bolsonaristas, por ora, no Paraná, com o governador Ratinho Jr.; e no Espírito Santo, com o ex-prefeito de Linhares, Guerino Zanon – e orbita em estados “menores”, como SC, AP, RR e DF.
A situação em SP segue incógnita: o PSD não terá candidato próprio, mas há a tendência de apoiar o candidato bolsonarista ao governo, Tarcísio de Freitas, do partido Republicanos.
Cauteloso, Kassab disse a aliados de Lula/Alckmin que o apoio a Tarcísio em SP “não representa uma proximidade com Bolsonaro na eleição presidencial”.
Em recente entrevista ao portal UOL, Kassab afirmou que “Bolsonaro é o pior presidente que ele já conviveu”.
Mas ponderou que, por ser o PSD um partido de “centro”, é natural que haja os que se aproximam da esquerda ou da direita.
A três meses das eleições, as forças políticas vão se consolidando – e o PSD segue em sua tradição de volatilidade.
(Com: UOL; Folha de S.Paulo; G1; O Estado de São Paulo; Brasil247).
* Luís Bassoli é advogado e ex-presidente da Câmara Municipal de Taquaritinga (SP).
**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.