23 de dezembro de 2024
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Artigo: Inflamação Silenciosa

Por: Arthur Micheloni*

Nosso organismo é dotado de dois processos que nos permitem responder a um agente agressor que vem provocar um desequilíbrio a nossa integridade fisio-metabólica, permitindo nossa sobrevivência de maneira saudável e equilibrada. Esse processo chama-se INFLAMAÇÃO. Porém, temos dois estágios da mesma, sendo:

-Inflamação Aguda:

É uma resposta rápida a um agente nocivo, com sinais e sintomas locais e sistêmicos como edema, calor, dor e perda da função articular. Se o processo inflamatório persistir, sintomas sistêmicos podem surgir como febre, sonolência, mal-estar geral, entre outros.

Esse processo é facilmente identificado pelo paciente e pelo profissional de saúde porque os sinais são visíveis e perceptíveis. Nesse tipo de processo ocorre uma resposta de defesa do organismo levando ao equilíbrio novamente.

-Inflamação Crônica:

A inflamação crônica é menos uniforme. O período de duração é mais longo, caracterizado pela presença de linfócitos e macrófagos e proliferação de vasos sanguíneos (neoangiogênese) e do tecido conjuntivo (fibroplasia).

-Inflamação Crônica Subclínica:

No dia a dia estamos expostos à vários agentes silenciosos como agrotóxicos, pesticidas, herbicidas, xenoestrogênios, dieta incorreta, contaminação por metais pesados, estresse e outros. Sendo que muitas vezes não produzem sinais ou sintomas perceptíveis como na inflamação aguda. Esse processo é chamado de Inflamação Crônica Subclínica.

Ela atua como precursora de doenças como a aterosclerose, diabetes tipo 2, câncer, obesidade, artrite, fibromialgia, hipertensão arterial, e outras doenças neurodegenerativas.

A tal, ocorre dentro de semanas, meses ou anos de maneira insidiosa, pouco intensa e assintomática. Aqui o indivíduo leva uma vida normal como se ele estivesse saudável, livre de qualquer enfermidade, porém, esse processo crônico vai disparar em nosso organismo uma série de proteínas pró-inflamatórias que vão atacar e danificar todos os nossos órgãos e sistemas. Os órgãos mais comumente agredidos são as artérias, o coração, o intestino, as glândulas endócrinas e as articulações.

Hoje a medicina moderna, através de exames séricos, ou seja, sanguíneo possuem recursos altamente eficiente capaz de identificar, quantificar e mensurar esses marcadores inflamatórios de forma precisa em todas as fases de sua ocorrência, onde podendo assim intervir e atuar para melhorar e prevenir que danos agravantes possam ocorrer no futuro.

Existem medicamentos capazes de interferir no processo reacional de defesa do organismo de modo a minimizar o e dar maior conforto ao paciente. Estes medicamentos são os chamados anti-inflamatórios.

* Arthur Micheloni é Fisioterapeuta, pós-graduado em Osteopatia, Ortopedia e Traumatologia, pós-graduando em Fitoterapia, discente e adepto da Medicina Integrativa e graduando em Nutrição – e-mail: [email protected].

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas nacionais e mundiais e de refletir as distintas tenências do pensamento contemporâneo.