1 de novembro de 2024
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Outubro Rosa: especialista esclarece mitos e verdades sobre o câncer de mama

Mês ganha campanha mundial em prol da prevenção e do diagnóstico precoce da doença.

Segundo dados do INCA (2021-2022), serão registrados no ano 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. O tipo é o primeiro da lista que mais acomete as mulheres, mas também pode aparecer em homens.

Pra seu diagnóstico precoce, o principal exame preventivo é a mamografia que é indicada para mulheres acima de 40 anos, pelo menos uma vez ao ano. No caso de pacientes do SUS, a normativa indica a realização a partir dos 50 anos a cada 2 anos.

Segundo especialistas, a realização de exames preventivos, incluindo os de câncer, e consultas de rotina foram afetados por conta da pandemia.

Levando em conta o avanço da vacinação na cidade e no Brasil, e o baixo número de internados em UTIs e enfermarias com a Covid-19 em todo o estado, a realização de tais exames tendem a voltar aos patamares anteriores.

“Depois de mais de 1 ano em que os diagnósticos foram impactados pela falta de realização de exames, vemos uma tendência crescente na realização dos mesmos, voltando aos poucos próximo à normalidade. A ida ao médico para a realização de exames periódicos é fundamental para que consigamos detectar precocemente o câncer de mama, que se descoberto em estádios iniciais possui mais chances de sucesso no tratamento”, comenta Diocésio Andrade, oncologista do InORP Oncoclínicas.

O mês de outubro ganha, mundialmente, a cor simbólica rosa com o objetivo de levar informações sobre diagnóstico precoce e prevenção do câncer de mama.

Abaixo, o oncologista esclarece alguns mitos e verdades sobre a doença:

Não tenho histórico de câncer na família por isso não terei.

MITO: A maioria dos casos diagnosticados são de pessoas que não possuem histórico familiar. Quem tem histórico de casos em familiares de primeiro grau, ou seja, mães, filhas e irmãs, possui em geral um risco aumentado de desenvolver a doença necessitando acompanhamento constante.

Faço o autoexame em casa por isso não preciso de mamografia.

MITO: A prática é uma aliada da mulher. Porém, apenas ele não é capaz de detectar nódulos menores, que podem representar o início de um câncer de mama. Com o exame completo de mamografia é possível detectar microcalcificações, nódulos menores e outras irregularidades que devem ser investigadas. Outros sinais de alerta, além do aparecimento de nódulos são diferenças expressivas entre o tamanho dos seios, alterações nos mamilos e na pele da mama, inchaços incomuns na área, presença de secreções ou mesmo sangue, entre outros.

Desodorantes e certos modelos de sutiã podem causar câncer.

MITO: As duas histórias surgiram em boatos da internet. Não existe nenhuma relação do uso de desodorantes com a alterações nas células da região e o mesmo se dá para as armações de arame em certos modelos de sutiã. Não há nenhum risco comprovado.

Amamentar previne o câncer de mama.

VERDADE: A amamentação protege, pois no período de aleitamento o número de ciclos menstruais é reduzido e a exposição a determinados hormônios femininos, como o estrogênio, é menor. Quanto maior for o período de amamentação, melhor, especialmente antes dos 30 anos de idade. Mas vale ressaltar que só esta atitude não impede o aparecimento do câncer de mama. É necessário de modo geral, manter os exames em dia, adotar uma rotina saudável de vida com a prática de exercícios físicos, dieta saudável, e outros.

Uma pancada pode desencadear em câncer

MITO: A batida e a dor que vem após a lesão não podem desencadear um tumor e provocar alterações nas células. O câncer de mama se forma por mutações genéticas na região e não por qualquer fator externo como uma batida ou também pelo stress, depressão ou sentimentos negativos.

O câncer de mama pode ter cura.

VERDADE: Quanto mais cedo for descoberto, melhores são as chances de cura e de sucesso no tratamento a ser instituído. A medicina tem evoluído bastante e cada caso é único. Mesmo nos casos mais complexos há diversas opções de medicamentos e outras tecnologias que aumentam a qualidade de vida do paciente e a possibilidade de cura da mesma.