Psicólogo taquaritinguense fala sobre ansiedade e depressão
Na manhã desta terça-feira (21), o repórter do Jornal O Defensor, Vitor Chagas, conversou com o psicólogo Dylan Ritcher, o tema do bate papo foi sobre o Setembro Amarelo.
Dylan explicou “falamos que ansiedade é quando a pessoa pensa muito sobre determinado assunto e agora a questão da depressão, a pessoa é muito pessimista. Os sintomas podem ser parecidos e pode ocorrer: insônia, agitação, perda ou ganho de peso. Desde o início da pandemia, percebemos um aumento muito grande de pedidos por ajuda, essa preocupação excessiva causou isso nas pessoas, essa questão do pensamento acelerado, se preocupar em como será, o que fazer, durante a pandemia”.
“A causa das duas situações pelo que vejo bastante, são as preocupações excessivas com o futuro. A pessoa está sempre pensando no pior, e por conta da pandemia, essa preocupação aumentou muito”, esclareceu o psicólogo.
Ele complementou dizendo “o pessoal tem muito medo de se abrir com as pessoas, com uma pessoa estranha e isso impede que ela peça ajuda. Muitas falam que é frescura, falta de Deus e não é nada disso. Os pacientes sempre falam que tem medo de se abrir, de conversar, mas vamos explicando que é tudo sigiloso, tem momentos em que precisamos buscar ajuda, pois não damos conta de tudo. Eu sou uma pessoa que trabalho muito com as redes sociais, no instagram, whatsapp, e recebo mensagens pedindo ajuda, mas é momentânea a ajuda, muitas vezes o que funciona efetivamente é o trabalho com o psicológo e psquiatra”.
“Os principais sintomas da ansiedade são: palpitação ou aperto muito forte, diarréia, tremores nas mãos ou nas pernas, preocupações excessivas, às vezes alimentação compulsória. Na depressão, as pessoas ficam desanimadas, não tem vontade de fazer as coisas de tinham prazer. O sono fica totalmente prejudicado, tanto na depressão quanto na ansiedade”, acrescentou Ritcher.
Dylan disse “todos os anos fazemos alguma ação em comemoração ao Setembro Amarelo, esse ano será on line, acontecerá uma roda de conversa no próximo sábado (25), às 10 horas, com dois profissionais, com enfoque no suicídio. Um será voltado para os jovens e outro para os adultos. Nunca atendi pacientes que consumaram o ato, mas muitos já tentaram. As pessoas acham que falar sobre o assunto suicídio, trará vontade as pessoas que estão precisando de ajuda, que as pessoas terão vontade, mas isso não é verdade. A pessoa se vê sem saída e quer acabar com a dor que sente, por isso pensa no suicídio. Então, precisamos quebrar esse estigma, como se não falar fosse evitar que as pessoas cometam o ato. Precisamos trabalhar para que ela entenda que tem uma saída”.
Ele encerrou deixando a dica “é muito importante não sentir medo, nem receio de pedir ajuda. Em algum momento da vida, todos vão passar por situações difíceis. Nada tem uma única saída”.
A roda de conversa pode ser acompanhada pela página: setembroamarelotaquartingasp