22 de novembro de 2024
Artigo / Crônica / PoemasGeral

Artigo: Caiu o Pano? Não! A Carapuça? Sim!

Por: Luiz Roberto Vasconcellos Boselli*

José Silvério dos Reis, Brutus, Iago, Judas e o mandatário mor. O boçal bufãolobo apareceu! Ele se desmascarou! Dentre todas as suas inqualificáveis maneiras de trato social, do mandatário mor, apareceu aquela que coroa todo o seu repertório,pois, com a maior desfaçatez,com a sua cara de pau e com o maior descaramento alegou ‘que já foi do centrão’! E atestou o seu nascimento político inserido no centrão! Em campanha bravejou que não praticaria a velha política do toma lá, dá cá.

Então, né? Bem, como o seu vice, em campanha, alcunhou o centrão de ‘câncer’ da política brasileira. Então o mandatário mor, que alega que sempre fez parte deste agrupamento sórdido de políticos, revelou a sua verdadeira face de fariseu. Pós facto, entregou mais poder ao “centrão”, que já governa o país! E que já controla bom quinhão da Administração Pública Federal. Muitas delas controlam vultosos orçamentos. Este catastrófico governo deextrema-direita revelou como os quadros desta ideologia são despreparados e incompetentes para a ocupação de cargos públicos, inclusive, alguns revelaram traços duvidosos de caráter. E o grupo que governa, já emplacou no Orçamento da União, aumento assaz significativo dos recursos disponíveis para emendas parlamentares e do financiamento público para o fundo partidário. Ano que vem temos eleições.

Também preparam a volta do voto distrital, misto ou não, para que fiquem com um alvará e um atestado de perpetuação no cargo eletivo de um político de carreira em sua região – sempre será eleito o mais votado de cada Distrito – óbvio ululante – os coronéis e o neos coronéis que praticamente, já há muito tempo que são “sócios fundadores” do Congresso Nacional. Lógico que não será possível de que algum “tupiniquim” possa tirar o “reinado eleitoral” desta súcia de políticos gananciosos e velhacos. Mudar para manter a mesma bandalhice! Agora, grave! Muito grave! E deveras, muito grave! É importante todas estas afirmações. Pois este alerta foi engendrado por uma declaração do mandatário mor da Secretaria Geral de Cultura. Mais especificamente, foi a manifestação, do motivo, que o mandatário morassinalou em seu documento, ao negar o financiamento do Festival de Música na Bahia: “o objetivo e finalidade maior de toda música não deveria ser nenhum outro além da glória de deus e a renovação da alma”.

A simbiótica relação Estado/Doutrina Religiosa anula a laicidade do Estado estabelecido. E em muitos exemplos históricos a Doutrina Religiosa sobrepôsà Política de Estado.Acrônica histórica do Ocidente nos mostra períodos comprovadamente catastróficos e de maleficência quando ocorreram tais relações simbióticas. Monarquias Ocidentais, que vivenciaram este tipo de relação com a Igreja Católica Romana, foram protagonistas de eventos históricas tragédias humanas: as Cruzadas, a Santa Inquisição, noite de São Bartolomeu (aconteceu quando rei Carlos IX da França ordenou o assassinato de líderes protestantes huguenotes em Paris, desencadeando uma onda de matanças, que resultou no massacre de dezenas de milhares de huguenotes em todo território francês), e genocídio no México e tambémna américa do sul e central os Maias e Astecas, foram barbaramente atacados, quase exterminando estes povos e seus descendentes.

Nobres, que executaram estas civilizações, apegavam-se a preceitos religiosos que afirmavam que índios supostamente não tinham almas e, portanto, eles não incorreram em pecado. Em nome do Deus Cristão e do Deus Mulçumano muito se assassinou e ainda hoje se assassina em nome de alguma doutrina religiosa. O Estado Brasileiro é laico. Enquanto isto, estamos assistindo os piriris da CPI – reza, talismã e amuleto, e pedem proteçãodos santos e do Supremo è sentimento de culpabilidade: elemento subjetivo que liga o fato ao seu autor, manifestando-se pelo dolo ou pela culpa. Por fim, basta de negacionismo, acorde e pare de acreditar em falsos messias! EM NOME DA VIDA à VACINA SIM à VACINA SEMPRE. Tomem as suas duas doses da vacina que nos protegem do coronavírus à tome a primeira dose em nome da sua saúde e em honra a sua família e, a segunda dose, em solidariedade a seus vizinhos e amigos.

*Dr. Luiz Roberto Vasconcellos Boselli é docente da Unesp/Marília –  [email protected]

**Os artigos assinados não representam a opinião de O Defensor!