19 de novembro de 2024
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Conheça os alimentos “vilões” no risco para câncer de intestino

Uma única fatia de bacon ao dia aumenta o risco para câncer de intestino em 20%, de acordo com um estudo divulgado neste ano, pela revista International Journal of Epidemiology.

O consumo de carnes processadas (como presunto e salames), em uma quantidade de 76 gramas diárias ou mais, aumenta o risco da mesma forma.

O câncer colorretal é o segundo mais frequente em mulheres no Brasil e o terceiro entre os homens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA). A estimativa é de 36 mil novos casos ao ano no país.

Segundo o cirurgião do aparelho digestivo e especialista em cirurgia robótica, Alexander Morrell, a cirurgia é a principal forma de tratamento disponível para a doença. “A operação contempla a retirada do câncer e dos linfonodos em conjunto, também chamados de “gânglios”, que podem auxiliar na disseminação da doença se não ressecados. Após a retirada do segmento de intestino doente, é feita uma união novamente entre as partes saudáveis intestinais para retorno dos hábitos normais de funcionamento do órgão”.

Equipes qualificadas podem realizar o tratamento de forma minimamente invasiva. “O paciente é beneficiado com menor dor no pós cirúrgico, recuperação mais rápida, menor perda de sangue e tempo de internação. Ainda, tem-se menos chances de infecção de sítio cirúrgico e hérnias no pós-operatório. A cirurgia robótica é o que há de mais inovador na área”.

Estão na área de risco pessoas com mais de 50 anos, história prévia de câncer na família; pacientes obesos e pessoas que consomem muita carne vermelha e alimentos processados. “Quem tem casos de câncer de intestino na família ou faz consumo de bebidas alcoólicas também deve ficar atento”, alerta o cirurgião.

Sintomas

O paciente deve procurar um médico especialista caso apresente possíveis sintomas da doença. “Entre os mais comuns estão anemia, cansaço, perda de peso sem dieta, mudança no hábito intestinal, sangramento nas evacuações, sensação de evacuação incompleta e mudança no aspecto das fezes”, explica Morrell.