Nova perícia vai contra antigas teses sobre a morte de Virgulino Lampião
80 anos depois da morte de Virgulino Ferreira da Silva, o famoso, e cruel Lampião, seu óbito voltou a render debates. Recentemente uma nova perícia técnica foi realizada nas roupas e objetos que o Rei do Cangaço usava naquele 27 de julho de 1938. O acervo estava conservado no Instituto Histórico e Geográfico do Alagoas.
A análise foi feita pelo perito Victor Portela, do Instituto de Criminalística de Alagoas, que gerou um documentário inédito estreado no mês passado, e defende que o cangaceiro morreu com três tiros.
Tudo isso vai de encontro com outras teorias, que defendem que o bando de Lampião teria sido envenenado antes do tiroteio, ou até mesmo que quem teria morrido na emboscada em 1938 seria um sósia do cangaceiro, que morreu aos 100 anos escondido em Minas Gerais.
“Se quiser, conto as duas mil teses que existem sobre a morte”, comenta João Marcos Carvalho, historiador responsável pelo documentário chamado “Os Últimos Dias do Rei do Cangaço”.
As novas análises também confrontam a aceitação acadêmica criada pela obra “Apagando Lampião”, de Frederico Pernambucano de Mello, onde se defende que Virgulino teria morrido com um tiro disparado pelo cabo Sebastião Vieira Sandes a oito metros de distância. Mas essa versão é pouco creditada pela própria família do cangaceiro.