Jovem patinadora brasileira garante medalha de ouro no Sul-Americano
A pequena patinadora e medalhista Mariana Alves uma catarinense de apenas 14 anos, filha de Nádia Teixeira Alves e Carlos Alberto Alves, nasceu na cidade de Florianópolis, onde desde pequena, já demonstrava bastante força e determinação. Ela sempre foi muito comunicativa e simpática, o que chamava a atenção de vizinhos e conhecidos.
Na gravidez de Nádia em sua primeira consulta com o pediatra, foram solicitados alguns exames para checar o cariótipo, com o objetivo de analisar a disposição dos cromossomos. A partir dos resultados, foi constatado que Mari tinha Síndrome de Down.
Pouco tempo depois, os médicos identificaram que ela possuía uma doença no coração que poderia estar associada a malformações. Para corrigir esse problema, a pequena teve que passar por uma cirurgia de Correção de Comunicação Interventricular (CIV) ainda muito nova. A operação correu bem e, ao completar 1 ano de idade, a catarinense já estava frequentando o “Charlotte Núcleo de Yoga e Atividades Psicofísicas” uma escola de educação especial em Brusque, Santa Catarina.
Quatro anos e meio depois, seus pais a retiraram da escola com a recomendação de que Mariana fosse incentivada a praticar todo e qualquer tipo de esporte de que ela gostasse. Ela testou inúmeras possibilidades: balé, yoga, natação, judô, circo, vôlei e, por último, descobriu a patinação artística que acabou se tornando, por fim, sua verdadeira paixão.
No 1º ano após o convite, ela já estava fazendo sua primeira aula experimental. Com o passar do tempo, Mariana se desenvolvia rápido, de modo que os professores ficavam admirados com o seu talento e questionavam se ela já conhecia o esporte há mais tempo. Devido à sua facilidade de aprendizado, os professores a convidaram a participar de competições.
A estréia oficial aconteceu na primeira etapa do Campeonato Catarinense, na qual ela ganhou medalha de ouro. Depois do sucesso, ela patinou também na primeira etapa do Campeonato Brasileiro e ficou em segundo lugar. Por fim, sua terceira experiência (e também a mais recente) aconteceu no Campeonato Sul-Americano na categoria especial, que proporcionou à menina de 14 anos mais um ouro para a sua coleção.
A patinadora agora treina para suas próximas competições: em Curitiba, participará da segunda etapa do Brasileiro e em Itajaí, da fase final do Catarinense. Depois irá competirá na Copa Mercosul de Patinação Artística, que acontece em outubro no Rio Grande do Sul. E, para fechar com chave de ouro, Mari foi convidada para o Campeonato Argentino de Patinação Artística, em novembro.
Após o sucesso no esporte e devido à sua facilidade em lidar com o público e desenvoltura em frente às câmeras, surgiu a ideia de transformar seu perfil no instagram,em algo mais profissional.Sua mãe contratou uma assessora para gerenciar as atividades da filha no na rede social, dessa forma, as três unem esforços para que os seguidores estejam sempre atualizados sobre seus planos e as competições. Os seguidores não só admiram o talento da menina, como ainda se interessam por sua vida pessoal. Mari se dedica a responder todas as mensagens. Em seu perfil, ela tira dúvidas sobre o esporte e a Síndrome de Down, inspirando muitas pessoas com seu carisma e determinação, o que faz com que cada vez mais pessoas a conheçam.