23 de novembro de 2024
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Dados do Seguro DPVAT mostram que mulheres são mais cuidadosas no trânsito

Segundo relatório da Seguradora Líder, apenas 25% das indenizações pagas em 2018 foram para acidentes envolvendo vítimas do sexo feminino.

Os dados do Relatório Anual da Seguradora Líder revelam que as mulheres são mais cuidadosas no trânsito. E, para os especialistas, a maternidade incentiva ainda mais uma atitude prudente ao dirigir. Das mais de 328 mil indenizações pagas pelo Seguro DPVAT no ano passado, apenas 25% foram destinadas a acidentes envolvendo vítimas do sexo feminino. Além disso, dos motoristas indenizados em 2018, 15% eram mulheres, enquanto os homens representaram 85%. O cenário reforça o perfil mais cauteloso das mulheres na direção.

Apesar da baixa participação das mulheres em acidentes de trânsito, as jovens de 18 a 34 anos são as mais atingidas quando as colisões acontecem. A faixa etária, considerada a população economicamente ativa, concentrou 47% dos pagamentos destinados às vítimas mulheres.  O segundo grupo de idade mais afetado integra as mulheres de 45 a 64 anos (22%).

Fonte: Seguradora Líder / Divulgação

Quando analisados os números por estado, Rondônia, Roraima e Mato Grosso registram os maiores índices de ocorrências no trânsito com mulheres (31% e 30%, respectivamente). Na sequência estão Rio Grande do Sul (28%), Goiás e Acre, ambos com (27%), Rio de Janeiro (26%) e Mato Grosso (25%). Apesar do Ceará representar alto índice de sinistralidade quando comparados ambos os sexos, o estado registra apenas 21% de benefícios pagos a vítimas mulheres.  Os últimos lugares, no entanto, são ocupados por Pernambuco (18,6%) e Alagoas (18,7%).

Quanto às regiões brasileiras, o Centro-Oeste tem o maior número de indenizações pagas por acidentes envolvendo mulheres, com 27% do total de pagamentos por ocorrências com o sexo feminino. Na sequência, estão Sul e Sudeste com 26%, Norte (27%) e Nordeste (21%).

Fonte: Seguradora Líder / Divulgação

Em relação ao período do dia, o anoitecer foi responsável por cerca de 23% das ocorrências que tiveram benefícios pagos às vítimas do sexo feminino. Já a madrugada concentrou o menor número de sinistros, com apenas 9% dos pagamentos.

O superintendente de Operações da Seguradora Líder, Arthur Froes, explica que a companhia não apura as causas dos acidentes. No entanto, alguns estudos indicam que os índices de imprudência no trânsito são maiores entre o sexo masculino, como a desobediência às leis de trânsito, o desrespeito à sinalização e a falta dos equipamentos de segurança.

“As mulheres, além de serem mais cautelosas e pacientes, costumam estar mais atentas às normas. Quando são mães, o cuidado aumenta, principalmente em relação ao uso do cinto de segurança nas crianças e da cadeira infantil, e também no alerta aos filhos sobre o perigo da combinação álcool e direção”, ressalta Arthur Froes.

O Relatório Anual da Seguradora Líder 2018 contribui para dimensionar a extensão dos danos causados pela violência no trânsito em todo o país, bem como progressos alcançados pela educação e conscientização da população. Com a divulgação dos dados, a companhia também espera ajudar no desenvolvimento de políticas públicas de prevenção e educação no trânsito.

O Relatório Anual da Seguradora Líder-DPVAT completo está disponível no link.

Sobre o Seguro DPVAT – O DPVAT é um seguro obrigatório de caráter social que protege os mais de 209 milhões de brasileiros em casos de acidentes de trânsito, sem apuração da culpa. Ele pode ser destinado a qualquer cidadão acidentado em território nacional, seja motorista, passageiro ou pedestre, e oferece três tipos de coberturas: morte (R$ 13.500), invalidez permanente (até R$ 13.500) e reembolso de despesas médicas e hospitalares da rede privada de saúde (até R$ 2.700). A proteção é assegurada por um período de até 3 anos.

Dos recursos arrecadados pelo seguro obrigatório, 50% vão para a União, sendo 45% para o Sistema Único de Saúde (SUS) para custeio da assistência médico-hospitalar às vítimas de acidentes de trânsito, e 5% são para o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para investimento em programas de educação e prevenção de acidentes de trânsito. Os outros 50% são direcionados para despesas, reservas e pagamento de indenizações.