23 de novembro de 2024
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Nossa Palavra – Latinha

Infelizmente ao longo dos anos não foram só a indústria e comércio que a Cidade foi perdendo. Como num passe de mágica, foram-se embora fábricas e instituições. Não foi só culpa dos poderes estabelecidos, é verdade, mas faltou um bocado de vontade política. Apesar a política errada de incentivos fiscais – que afastou algumas indústrias para outras cidades – Taquaritinga perdeu muito por conta de picuinhas partidárias que sempre chicotearam nosso município. Fábricas que viriam para a cidade não vieram e vice-versa são muito bem lembradas em passado não tão distante quando grupos disputavam a ferro e fogo o Paço Municipal.

Democracia passava longe dos quiproquós políticos e o que valia era o QI (Quem Indica). Hoje em dia não está tão diferente assim, mas pelo menos alguém da oposição esperneia. O caso do IML (Instituto Médico Legal), levantado pelo vereador Gilberto Junqueira na Câmara, e do próprio IC (instituto de Criminalística), é um exemplo clássico disso. Porém, o problema não vem de agora. Mas é sempre necessário reivindicar dos poderes públicos para ver se a fama de “latinha” da Cidade volte atrás e galgue os degraus.

O IML já existia em Taquaritinga. O médico legista, na época, era o saudoso ex-vereador Édner Accorsi (que vivia em queda de braço com o também ex-vereador Fued Simão – já falecido também). Mas era aquela política, já falamos, do “dá ou desce”, da inimizade, da guerra declarada. Hoje ela está bem mais pacificada, onde o diálogo se sobrepõe ao rancor, por isso nós acreditamos que a proposta seja concretizada desta vez. Se os prefeitos de Taquaritinga e de Jaboticabal mostrarem vontade política, o IML com certeza voltará para o município (e com ele o IC). Esperamos que desta feita nossas autoridades municipais (como tem ocorrido tanto e tanto) não deixem o cavalo passar arreado. Uma vez mais não podemos perder o trólebus.

As famílias, por assim dizer, não devem arredar pé deste propósito, marcar passo a passo os vereadores de sua confiança (e também os deputados, já que a decisão tem um pouco da aprovação da AL (Assembleia Legislativa) sobre o governador de São Paulo). As vezes que aconteceu da Cidade ter perdido alguma instituição foi por causa da falta de empenho dos políticos e, principalmente, da falta de união dos próprios populares. Entendemos as razões do vereador Gilberto Junqueira. É triste, lamentável, ficar com o corpo inerte de um ente querido a espera do sepultamento.

Quiçá esse momento triste seja evitado para as famílias e a própria população conhecida do morto. O jingle do governo Mársico/ Coelho da Rocha canta em seu estribilho que “as flores estão voltando”. Nós deste O Defensor esperamos que os bons tempos realmente voltem e que comecem exatamente pelo respeito aos mortos. Além do IML, que se dê aos falecidos também um velório digno e um Cemitério decente. O prefeito Vanderlei examinou detalhadamente a necrópole (e o velório) da vizinha Catanduva dia desses. É um belo exemplo a ser seguido para que não fiquemos conhecido como “Latinha”. Latinha a Peixe, Lá tinha a Colombo, Lá tinha a Paoletti, entre outras!