Nossa Palavra – Faltou Respeito
Embora seja característica desde o início da administração Mársico/Coelho da Rocha, as diferenças entre o chefe do Executivo e o presidente da Câmara, vereador Rodrigo de Pietro, são sobejamente conhecidas pela comunidade.
Diz o antigo adágio popular de que dois bicudos não se beijam e a teoria realmente se confirma na prática. Agora, todavia, as divergências vão se ampliando e os tentáculos envolvem pessoas que até então estavam de fora.
Foi o que aconteceu na reunião legislativa no distrito de Jurupema, quando as discussões atingiram as raias do absurdo e o nível abaixo do limite foi alvo de comentários negativos dos próprios moradores.
A tempo mesmo que este O Defensor apregoa o diálogo e o debate como fonte inesgotável de ideias e ideais, repudia veemente ofensas e agressões verbais como instrumento útil de manobras irracionais.
O que ocorreu naquela sessão da Câmara, de ambas as partes, foi extremamente lamentável, mesmo porque o edil Juninho Previdelli, já conhecido por não ter papas na língua e por seu verborrágico discurso contra a administração passada, entrou na contenda com o presidente da Casa e o circo pegou fogo.
Afora os disparates de Previdelli e bravatas (bota bravatasnisso!) de De Pietro, a única voz de lucidez da tribuna veio – por mais incrível que possa parecer – exatamente do vereador Marcos Marona (o popular Bonilla), que já pretende vencer a eleição como presidente da Câmara Municipal.
Interessante que nós brasileiros procuramos copiar exatamente o que há de pior no sistema norte-americano e deixamos ao largo o que há de melhor naquele país do Tio Sam (ou Tio Trump, tanto faz).
Depois não adianta reclamar – ou fazer continência a bandeira dos EUA como nosso presidente eleito sempre faz.
Quando os nossos vizinhos argentinos nos chamam de “macaquitos”, ficamos pê da vida e queremos brigar, mas eles estão certos. E pior: só copiamos o que não presta.
Mas voltando as rinhas constantes entre Executivo e Legislativo aqui na eterna Ribeirãozinho, romântica defensora da monarquia, continuamos não avançando. Pelo contrário, contudo, nós retrocedemos.
Esses barracos patrocinados pelos políticos de plantão não causam inveja nas outras cidades, causam euforia.
A cada quiproquó aqui verificado nossos vizinhos crescem e nós nos apequenamos.
Ao mesmo tempo em que este semanário defende o diálogo, entretanto, volta a explicar que dialogar não é aderir.
O que se viu na última sessão da Câmara foi uma baixaria completa. De ambos os lados. Faltou respeito e muito.
Infelizmente todavia temos que bater nesta tecla uma vez mais já que parcelas da população fazem ouvidos moucos a estas explicações.
Água mole em pedra dura tanto bate até que fura.
Será?