2 de novembro de 2024
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Inflação oficial fica em 0,45% em outubro

Índice foi o maior para o mês em três anos; Alta dos combustíveis responderam por quase um terço da inflação.

Nesta quarta-feira (7), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) anunciou que o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, ficou em 0,45% em outubro após ter registrado alta de 0,48% em setembro.

Trata-se da maior taxa para o mês desde 2015 (0,82%). O motivo deu-se principalmente pela alta dos preços de combustíveis e alimentação.

No acumulado em 12 meses, o índice ficou em 4,56%, acelerando frente aos 4,53% dos 12 meses imediatamente anteriores e se mantendo acima do centro da meta do Banco Central, que é de 4,5% para o ano, com margem de 1,5% para mais ou menos.

O IBGE pontua que os preços do grupo alimentação e bebidas aceleraram para 0,59% em outubro, enquanto os preços relacionados à transportes registraram alta de 0,92%. Os dois grupos juntos representam mais de 40% das despesas das famílias e contribuíram com cerca de 70% do índice do mês.

Mesmo com desacelaração na comparação com setembro, os combustíveis responderam por aproximadamente um terço da inflação oficial em outubro, em razão do peso do item na composição do índice.

A maior alta foi no etanol (4,07%), seguido por óleo diesel (2,45%), gasolina (2,18%) e gás veicular (0,06%). As passagens aéreas também tiveram destaque com alta de 7,49%.

Índice no acumulado em 12 meses:

Gasolina – 22,31%

Energia elétrica residencial – 16,69%

Plano de saúde – 11,75%

Leite longa vida – 25,76%

Empregado doméstico – 4,20%

Cursos regulares – 5,68%

Refeição fora – 3,01%

Ônibus urbano – 5,04%

Taxa de água e esgoto – 6,40%

Etanol – 11,85%

Segundo o IBGE, estes 10 itens respondem por 67% do índice acumulado no ano.

A previsão dos analistas para a inflação em 2018 caiu de 4,43% para 4,40%. O percentual esperado pelo mercado continua abaixo da meta de inflação que o Banco Central estimava para este ano. A meta será cumprida pelo BC se o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) ficar entre 3% e 6%.