Hoje é dia: Medo irracional de sexta-feira 13 pode ser até doença
‘Problema é quando o medo fica exagerado’, diz psicóloga.
Parascavedecatriafobia. Ou Triscaidecafobia. O nome já assusta. Parece nome de doença. E pode ser. Pânico de sextas-feiras 13 pode ser considerado uma doença psicológica, amparada em medos não necessariamente racionais, mas que existem e deixam muitas pessoas paralisadas, semelhantes a outros medos – de aranhas a palhaços. A bem da verdade, não é das fobias mais comuns, mas afeta muita gente – levantamento realizado estimou que entre 17 e 21 milhões de pessoas sofriam do problema e que entre 800 e 900 milhões de dólares são perdidos em comércio e transporte de passageiros nestes dias.
Por aqui, a maioria das fobias são encaradas como “frescuras”, quando, na verdade, são condições que se misturam com facilidade a coincidências e superstições. Luis Otávio Bastos, por exemplo, dizia não ter problemas com a sexta 13, nem acreditar nessas “besteiras”, como classifica. Passar embaixo de escada, no entanto, sequer arrisca. “Uma vez inventei de passar, quando ia na casa de uma namorada e, no mesmo dia, ela terminou comigo. Desde então, nunca mais”, assume.
Já uma psicóloga da Universidade Federal de Pernambuco explicou que a mudança na rotina das pessoas é mais ligada às crenças pessoais e só passaria a ser doença quando interferisse na rotina do indivíduo. “Isso vem muito das crenças, algo muito de superstição. De alguma forma, na sexta-feira 13, as pessoas ficam mais atentas, mas não é algo que eu veja como prejuízo à população. A ansiedade e o medo são itens de sobrevivência. É manifestada através da cautela ao atravessar uma avenida, por exemplo. O problema surge quando esse medo começa a ficar exagerado, quando começa a limitar a pessoa”, explica a professora.