Indústria paulista cria 10.000 vagas em março, e 1º trimestre tem melhor desempenho desde 2013
No ano, são 23.000 novas vagas, mostra Pesquisa de Nível de Emprego da Fiesp e do Ciesp.
A indústria paulista criou 10.000 postos de trabalho em março, mostra a Pesquisa de Nível de Emprego da Fiesp e do Ciesp, divulgada nesta segunda-feira (16 de abril). O resultado é superior ao do mesmo mês em 2017 (9.500 novas vagas). No ano, houve acréscimo de 23.000 postos. É o maior saldo no primeiro trimestre de um ano desde 2013, quando foram criadas 34.500 vagas.
José Ricardo Roriz Coelho, segundo vice-presidente da Fiesp e diretor titular de seu Departamento de Economia, Competitividade e Tecnologia, destaca que a recuperação da economia está em trajetória de crescimento, ainda que o ritmo esteja aquém do desejado.
“Continuamos com a recuperação do emprego. Ela é lenta, com um crescimento não tão forte como gostaríamos, por alguns problemas de rota. Agora, nossa preocupação é que esse crescimento passe a ter ritmo mais acelerado”, para compensar a queda habitual do segundo semestre de cada ano. “Se reformas como a da Previdência tivessem sido feitas, acredito que a situação seria bem melhor”, afirma Roriz.
O destaque foi o setor sucroalcooleiro, que devido à época de safra de cana-de-açúcar teve saldo positivo de 5.183 vagas (52% do total dos novos postos industriais).
Nas regiões e setores analisados pela pesquisa houve resultados positivos em 64%.
Dos 22 setores industriais, 14 tiveram aumento do número de postos de trabalho, 2 ficaram estáveis, e 6 apresentaram redução.
O destaque ficou para produtos alimentícios, em que foram criadas 4.349 vagas, variação positiva de 1,24%. Em coque, derivados do petróleo e biocombustíveis, o aumento foi de 6,25% (2.528 novos postos).
Das 36 regiões em que a pesquisa é dividida, 23 tiveram saldo positivo de empregos, 5 se mantiveram estáveis, e em 8 houve redução do número de vagas.
Como destaques positivos, Sertãozinho teve 4,75% de crescimento no número de postos de trabalho. Na região de Bauru, o crescimento foi de 1,96% e na de Presidente Prudente, de 1,63%.