Ipê-roxo é a primeira árvore a ter genoma sequenciado
Não é apenas a beleza da árvore que atrai olhares do mercado.
Não é apenas a beleza do ipê-roxo que atrai os olhares dos mercados nacional e internacional. Trata-se de uma árvore que fornece madeira densa, de alta qualidade e resistente ao ataque de insetos e à ação do fogo. Todos esses predicados fazem com que o ipê seja conhecido hoje como o novo mogno, muito utilizado na fabricação de pisos, decks e assoalhos, principalmente nos Estados Unidos. Além disso, devido à produção e ao armazenamento de compostos químicos de interesse para a área de saúde, é uma árvore bastante visada para exploração de produtos medicinais. No Brasil, uma fração significativa da sua exploração madeireira acontece clandestinamente, sem manejo certificado. A genotipagem pode auxiliar os órgãos ambientais a rastrearem as árvores exploradas ilegalmente. Uma possível aplicação do sequenciamento genômico do ipê-roxo é auxiliar órgãos ambientais na análise forense para combater a exploração clandestina da madeira.
O ipê-roxo foi escolhido pela sua importância ecológica no bioma, por já contar com informações técnicas importantes (caracterização molecular e análise filogeográfica preliminares), e também pelo grande acervo de material biológico adquirido graças à ampla coleta realizada. O sequenciamento do ipê-roxo não teria sido possível sem a expertise desse grupo (cientistas da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF) e da Universidade Federal de Goiás (UFG)). A pesquisa começou em 2013.