22 de novembro de 2024
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Ainda temos que acreditar

Embora tenhamos tropeçado nas últimas administrações (que é geral, com exceção de Geraldo Alckmin em São Paulo), aqui em Taquaritinga, em particular, convivemos com a indecisão, já passado mais de um ano do governo Vanderlei derrapando nas curvas. Algumas “prioridades escolhidas a dedo pelo chefe do Executivo não careciam num início de gestão de uma Cidade necessitada de tudo. Essa indecisão está nos fazendo mal e impede o Município de caminhar avante e em frente.

Mais de uma vez chamamos atenção para a crise financeira que passa o país e principalmente os municípios, inclusive nosso Município cujo orçamento é pobre e a renda per capita uma das menores do Estado. O prefeito Vanderlei prometeu uma administração moderna e ousada, mas vem esbarrando pela falta de verbas inclusive tolhendo o crescimento da urbe. Não se iludam: apesar dos muitos loteamentos que grassam por Taquaritinga, isso não representa a saúde financeira que precisamos. É um inchaço doentio que não deixa a Cidade prosperar e gerar emprego e rendas.

Se continuar assim, acreditem, Taquaritinga terá que ser entubada na UTI e respirar através de aparelhos. Isto porque nosso povo não tem ação, vive carregado de dúvidas e medo. Nos falta expectativa, esperança e otimismo. Conversem vocês, leitores, com os moradores nas ruas, já que os integrantes da gestão pública não o fazem. Se a administração fosse firme, decidida e convicta a população colocava fé nos rumos da Cidade, mas acossado pela responsabilidade civil e fiscal, o atual burgomestre  não ousa voos mais altos (ele mesmo confessa tudo isso). É o ditado real e cruel: em casa que falta pão todo mundo reclama e ninguém tem razão.

Uma indecisão que paralisa o Município não poderia ser recebida de bom alvitre pela população. Não é nada salutar, pois ficamos à espreita de soluções que sejam mais cômodas: fugimos do enfrentamento rigoroso dos problemas. Lógico que temos que corrigir alguns erros, em que tudo acaba ficando para mais tarde, para depois, para amanhã. Sempre achamos que Taquaritinga não tem jeito. Diante do quadro que se visualiza em relação ao problema, há um apelo incisivo para nossas autoridades municipais: resolver nossos obstáculos com pulso forte e decisão acertada. Não deixemos para o futuro o que se deve solucionar hoje, agora.

O prefeito Vanderlei provou com suas empreitadas particulares que tem consistência  e crédito nos seus atos, mas não consegue mudar de marcha em terreno político, espinhoso. Nem mesmo o chamamento do advogado e ex-presidente do Legislativo, Luisinho Bassoli, bem acostumado aos bastidores petistas (agora ele está no PPS), conseguiu, pelo menos até agora, dar o jogo de cintura que a administração de Mársico necessita. Alguns falam que isso acontece porque o alcaide não dá o braço a torcer, é turrão.

O prefeito de Taquaritinga precisa ouvir mais a população e menos seus aliados que, a custa de obter apoio aqui e acolá nas siglas partidárias, tenta acomodar a todos no quartel de Abrantes. O que acontece é que tudo fica como antes, fora do contexto, prejudicando o próprio Executivo municipal. Nem sempre acordos (ou alianças) políticas dão certo e contribuem para o êxito do governo público. Às vezes o colocam em derrocada.

Este O Defensor aguarda para logo depois do Carnaval medidas com vigor e dedicação, já que o Brasil é unânime em dizer que o ano só começa depois que a folia de Momo acaba. Então esperemos os festejos com perseverança e vamos em frente e acreditemos no futuro. Esperemos que esses erros pecaminosos sejam sanados e que nossas autoridades municipais, estaduais e federais não caiam novamente nos mesmos erros e se tornem impotentes.

As rodas da História devem girar para frente e há tempo suficiente para os empreendimentos. Vivemos agora o período de desafogar as mágoas e tristezas (e há tantas mágoas e tristezas a serem desafogadas) e que o povo saiba brincar sem violência, na esperança de que amanhã será melhor e que digamos NÃO aos desmandos administrativos,  a corrupção arraigada, o desvio sistemático de recursos, as opções políticas equivocadas, a total irresponsabilidade no trato da coisa pública. Bom Carnaval a todos vocês!