25 de novembro de 2024
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Nossa Palavra

Falta de respeito

Uma solicitação levantada pelo vereador Angelo Bartholomeu na Câmara de Taquaritinga levantou novamente a polêmica sobre a falta de respeito às vagas destinadas aos idosos e deficientes, principalmente no quadrilátero central da Cidade.

Infelizmente, sem noção nenhuma sobre as leis de trânsito, motoristas locais praticam verdadeiras barbaridades no tráfego de veículos e esse é o pior momento: estacionar em locais inadequados, prejudicando e causando transtorno para todos.

Essa falta de respeito com vagas destinadas aos idosos e deficientes não vem de hoje, mas avolumou-se principalmente com a extinção da Área Azul, que foi uma grande perda para o trânsito da Cidade. Depois disso, o tráfego ficou complicadíssimo.

Taquaritinga, salvo melhor juízo, é uma das poucas cidades da região a ter um índice de acidentes de trânsito assustador, o que demonstra que no Município o plano viário não deu certo e precisa ser consertado. Trazer de volta a Área Azul seria melhor.

O prefeito municipal disse em recente entrevista que não tem ideia de como retornar com a Área Azul no centro da Cidade. É que faltou vontade política por parte dos poderes constituídos. Justamente essa vontade que faltou em muitos outros setores.

Enquanto Taquaritinga não tiver consonância de futuro entre a administração pública e a Associação Comercial vai ficar a ver navios como fica a construir castelos de areia na área de empregos e rendas. Talvez uma injeção de ânimo fizesse bem.

Nossa população adora um bate-boca,um diz-que-me-diz. Pena que esses debates não se elevam, ficam no terreno dos mexericos, das fofocas e dos xingamentos particulares e pessoais. Essa Taquaritinga sim não deveria existir no mapa.

Resta ao Município pensar grande, focar no que há de melhor no desenvolvimento social e econômico,já que de nada adiantará ser uma Cidade gigante com pés de barro. A primeira coisa: planejamento é o que falta aos gestores públicos.

Nunca fomos dados a planejamentos e prioridades, por isso os governos municipais estranham.Desconhecem planos e bússolas, vão ao deus-dará, não tem luz no fim do túnel. E fatalmente não chegam a lugar nenhum. Taquaritinga derrapa, mas não decola.

Seria cômico se não fosse trágico, admitem os analistas políticos mais preparados da Cidade Pérola. Não é cômico e nem trágico, convenhamos. Taquaritinga não pode ficar mais sonhando com sonhos impossíveis. Tem que botar os pés no chão. Viver a realidade.

Aqui no Município – dizem – nada dá certo. Comenta-se até que seria praga de um antigo sacerdote quando Taquaritinga começava a crescer. Não foi.O padre tinha um carinho profundo pela Cidade e não teve nada a ver nem mesmo com o fim da Área Azul.

A Área Azul foi extinta pela lei dos homens que prefere acabar em vez de consertar (como o esvaziamento da represa da Colombo, por exemplo). Enquanto não voltar a Área Azul o trânsito vai continuar bagunçado. Está na hora de chamar o Coca Ferraz.

Falta também a conscientização de motoristas e pedestres. Nem os pedestres são orientados a se portar no tráfego perante sinalizações. Os atropelamentos são marca registrada de Taquaritinga. Não poderia ser diferente, diante de tanto desrespeito.

Se não se respeita nem mesmo uma vaga para idoso ou deficiente, quanto mais um sinal de “Pare”. Já teve empresário da Cidade que foi multado duas vezes por isso: ocupar uma vaga para idoso, enquanto o velhinho andava quarteirões a pé.

Isso não é possível? Aqui em Taquaritinga é. Vê-se na Câmara vereadores digladiando para pedir uma lombada ou um redutor de velocidade nas vias públicas da Cidade. Adiantará alguma coisa? Nadica de nada. É planejamento e conscientização.

Então, senhoras e senhores, ofereçamos nossas sugestões. O chefe do Executivo (que já disse, inclusive, que está sentindo falta das ruas de paralelepípedos) falou que não fará ouvidos moucos. Precisamos de uma administração mais participativa.

Temos muito o que discutir no trânsito de Taquaritinga.Área Azul, vagas para idoso e deficiente, lombadas, fila dupla, falta de semáforos, calçadas irregulares. É a mobilidade urbana, que está na “crista da onda”. A população agradecerá.

O vereador Ângelo Bartholomeu está com a razão!

 

 

 

 

 

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