Educação não é prioridade para o governo paulista, diz Beth Sahão em Comissão
Com o auditório Franco Montoro lotado, a Comissão de Educação e Cultura da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) recebeu o secretário da Educação José Renato Nalini, que fez um balanço da sua gestão frente à pasta nos últimos dois anos. Nalini apresentou dados sobre matrículas, investimentos e programas.
Para a presidente da comisão, deputada Beth Sahão (PT), os dados fornecidos pelo secretário não retratam a realidade. “Houve uma redução nos investimentos, nos financiamentos e nas capacitações. A educação chegou nesse ponto devido ao descaso de muitos anos dos governos tucanos, que não a encararam como prioridade”, afirmou.
Beth, que realizou uma série de visitas a escolas da capital e do interior, traçou um panorama do que viu. “Observamos que elas passam por verdadeiro desmonte e pela desvalorização de seus profissionais, como é o caso dos agentes de organização escolar, que recebem menos de um salário mínimo, e das nutricionistas, que ganham R$ 1.200 e estão se demitindo. Fora o Projeto de Lei 920, de autoria do governador, que congela por 5 anos gastos com Educação.”
Professores, servidores da Educação e estudantes fizeram vários questionamentos sobre a falta de reajustes salariais para os profissionais do ensino nos últimos três anos; ausência de um plano de valorização das carreiras da educação; demissão de 30 mil professores da categoria O; fechamento de salas de aula; entre outros temas.
Baseado neles, a deputada Beth Sahão prepara uma série de requerimentos que serão enviados ao secretário.