Cervejando – Exporta Mais Brasil promove cervejas artesanais brasileiras e movimentam R$ 1,5 milhão em negócios
Por: Monali Bassoli*
Mais uma rodada do Exporta Mais Brasil, programa da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos (ApexBrasil), foi concluída com sucesso. Desta vez, no Rio de Janeiro, o setor de cervejas artesanais foi o foco do programa que trouxe quatro importadores internacionais de Malta, Argentina, Rússia e Dinamarca para verem de perto a produção local e fazer negócios. Em parceria com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Rio (Sebrae RJ), os encontros geraram uma expectativa de R$1,5 milhões em negócios para os próximos 12 meses.
O setor cervejeiro brasileiro está em plena expansão e oferece ampla variedade de produtos, inovação, gera empregos e movimenta a economia de micro, pequenas e médias empresas. Dados do último Anuário da Cerveja, divulgado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), mostram que um em cada oito municípios brasileiros possui pelo menos uma cervejaria registrada. No total, o país soma atualmente 1.729 empresas do setor. O Brasil hoje é o terceiro maior produtor de cervejas do mundo, atrás somente da China e Estados Unidos.
Com relação às exportações, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), em 2022, o setor registrou US$ 120,047 milhões em vendas. No primeiro semestre de 2023, as vendas externas somaram US$ 87 milhões. Nos últimos 10 anos (2012-2020), as exportações dobraram: foram de cerca de US$ 60 milhões para mais de US$ 120 milhões. Os principais destinos são os países da América do Sul, que respondem por 98,4% da exportação do produto brasileiro. Em 2022, o Paraguai foi o principal comprador.
Com o Exporta Mais Brasil, o objetivo da ApexBrasil é de ampliar as vendas de produtos brasileiros para o exterior por meio de uma aproximação ativa com todas as regiões do país, trazendo compradores internacionais para ver de perto o potencial de setores específicos da economia e fazer negócios diretos com as empresas e produtores. As cinco primeiras rodadas do programa, dedicadas aos setores de móveis, rochas ornamentais, cafés Robustas Amazônicos, pescados e artesanato movimentaram mais de R$100 milhões em negócios. Até agora, 142 empresas brasileiras participaram do programa, que trouxe 53 compradores internacionais de 23 diferentes países.
Lembrando que meu e-mail [email protected] está aberto para sugestões e dúvidas e que esta coluna e todas as outras já publicadas podem ser lidas no meu blog: etudocomida.tumblr.com
*Monali Bassoli é jornalista e sommelière de cerveja – [email protected]
**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.