Feminicídio: Lavradora é morta pelo companheiro em Taquaritinga
Crime ocorreu no bairro Maria Luiza II; vítima de 60 anos foi esfaqueada dentro de casa e não resistiu aos ferimentos
Na noite da última quarta-feira (21), o município de Taquaritinga, no interior paulista, foi palco de mais um trágico caso de feminicídio. Uma lavradora de 60 anos foi morta dentro da própria residência, localizada no bairro Maria Luiza II, após um desentendimento com seu companheiro motivado por ciúmes.
Segundo o registro oficial da Polícia Civil, policiais militares foram acionados para atender uma ocorrência de lesão corporal com violência doméstica. No local, familiares e vizinhos relataram que o autor, com quem a vítima mantinha uma relação afetiva, desferiu um golpe de faca na região lombar da mulher e fugiu em seguida.
A vítima foi socorrida pelo SAMU e levada ao pronto atendimento municipal, onde recebeu cuidados médicos, mas não resistiu aos ferimentos. A morte foi confirmada pelo médico plantonista e o corpo foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Araraquara.
A perícia técnica foi acionada para o local do crime, onde os agentes preservaram a cena até a chegada das autoridades competentes. A delegada responsável pelo caso, que compareceu pessoalmente, iniciou os procedimentos investigativos e o boletim de ocorrência foi lavrado na madrugada do dia seguinte.
O acusado, de 52 anos, também lavrador, permanece foragido até o momento da publicação desta matéria. Segundo testemunhas, o relacionamento era marcado por episódios anteriores de ciúmes e desentendimentos, ainda que não haja confirmação oficial de registros anteriores de violência doméstica.
A tragédia reacende o alerta para a urgência de políticas públicas de prevenção e combate à violência de gênero. O feminicídio, tipificado como crime hediondo no Brasil, segue sendo uma das formas mais extremas da violência contra a mulher, muitas vezes silenciada até o último ato.
A cidade de Taquaritinga, com pouco mais de 50 mil habitantes, não está imune ao avanço das estatísticas de violência doméstica. Casos como este reforçam a necessidade de uma rede de apoio eficaz, acolhimento das vítimas e campanhas educativas permanentes para prevenir que relações abusivas terminem em morte.