Nossa Palavra – Recapeamento em Taquaritinga

Prefeitura inicia operação tapa-buracos e retoma manutenção da malha viária urbana, atendendo antigas reivindicações da população

Após um período de crescente insatisfação popular, a Prefeitura de Taquaritinga deu início nesta semana às operações de tapa-buracos em diversas vias públicas da cidade. A medida representa um alívio para moradores e motoristas, que vinham enfrentando sérias dificuldades com buracos espalhados por ruas e avenidas — sobretudo nos bairros periféricos, onde a deterioração do asfalto era mais evidente e, em muitos casos, comprometedora à segurança.

De acordo com a administração municipal, os trabalhos começaram pelas regiões mais carentes de infraestrutura viária, em trechos que já apresentavam danos profundos e visíveis, a ponto de alguns serem comparados a verdadeiros “queijos suíços” pela população. Os reparos visam garantir melhores condições de tráfego, além de reduzir o risco de acidentes e prejuízos materiais, frequentemente relatados por condutores.

Embora o recapeamento seja uma medida paliativa em muitos dos trechos, representa uma resposta concreta a reivindicações antigas de moradores, comerciantes e usuários do sistema viário da cidade. As reclamações vinham sendo constantes nas redes sociais, em veículos de imprensa e também nas sessões da Câmara Municipal, evidenciando a urgência da intervenção.

A recuperação da malha asfáltica não é apenas uma questão de mobilidade urbana, mas também de saúde pública e dignidade para quem reside em regiões historicamente negligenciadas no planejamento urbano. Ruas esburacadas comprometem o acesso a serviços básicos, dificultam o transporte escolar, o deslocamento de ambulâncias e o tráfego de veículos de carga, afetando diretamente a economia local e a qualidade de vida dos cidadãos.

É importante destacar, no entanto, que a operação tapa-buracos deve ser encarada como o início de um processo contínuo e não como uma solução definitiva. A cidade necessita de um plano de pavimentação mais abrangente, com previsão de investimentos regulares, cronograma claro de ações e monitoramento permanente da malha viária. A transparência na divulgação dessas etapas é essencial para manter a confiança da população.

Além disso, cabe à gestão pública equilibrar as prioridades, contemplando tanto os bairros periféricos quanto as áreas centrais, onde o tráfego intenso também demanda atenção constante. A equidade na aplicação dos recursos públicos é um princípio que precisa nortear as decisões administrativas, evitando que determinadas regiões sejam sempre as últimas a receber melhorias.

O início das obras, ainda que tardio, é um avanço a ser reconhecido. Mas é também um lembrete de que o zelo pela cidade deve ser contínuo, preventivo e planejado. Manter as vias em bom estado não é apenas uma questão de estética urbana, mas um dever institucional que influencia diretamente no cotidiano da população.

À medida que os trabalhos avançam, será fundamental acompanhar o ritmo, a qualidade da execução e os próximos bairros contemplados. A sociedade taquaritinguense, que tão pacientemente esperou por essa intervenção, permanece vigilante — e com razão.