Denuncie maus-tratos e tráfico de animais silvestres: Polícia Ambiental de Ibitinga apreende filhotes de jacaré em cativeiro ilegal em Tabatinga
Sete exemplares da espécie jacaré-do-papo-amarelo foram encontrados em caixa d’água e levados ao Centro de Reabilitação de Animais Silvestres
Na tarde de quarta-feira, 7 de maio de 2025, a Polícia Ambiental de Ibitinga, interior de São Paulo, realizou uma importante operação de resgate de animais silvestres. Após receber uma denúncia anônima, a equipe deslocou-se até o município vizinho de Tabatinga, onde localizou sete filhotes de jacaré mantidos ilegalmente em cativeiro.
Os animais estavam acondicionados de forma precária dentro de uma caixa d’água situada no quintal de uma residência. Medindo cerca de 30 centímetros cada, os répteis pertencem à espécie Caiman latirostris, conhecida popularmente como jacaré-do-papo-amarelo — espécie nativa do Brasil e considerada de importância ecológica para o equilíbrio dos ecossistemas aquáticos.
A ação teve início após o recebimento da denúncia por canais oficiais de proteção ambiental. Rapidamente, os policiais ambientais confirmaram a veracidade da informação, constataram a presença dos animais e procederam à apreensão. Diante da condição de filhotes, os jacarés foram encaminhados ao Centro de Triagem e Reabilitação de Animais Silvestres (CETRAS), localizado no Morro de São Bento, em Ribeirão Preto.

No local, os animais passarão por avaliação clínica, triagem e reabilitação, com objetivo de retornarem ao habitat natural tão logo estejam aptos. O CETRAS é uma instituição referência na região em atendimento à fauna silvestre vítima de tráfico, cativeiro irregular e acidentes ambientais.
A ocorrência está amparada pelo artigo 29 da Lei Federal nº 9.605/1998, que trata dos crimes contra o meio ambiente. A legislação é clara: manter animais silvestres em cativeiro, sem autorização dos órgãos ambientais competentes, é crime, com pena prevista de detenção de seis meses a um ano, além de multa.
Casos como este reforçam a necessidade de conscientização da população sobre os danos causados pelo tráfico e pela posse irregular de animais silvestres. Além de ferir a legislação, essas práticas colocam em risco a saúde dos próprios animais, a biodiversidade e, em muitos casos, a segurança das pessoas que os mantêm em ambientes domésticos inadequados.
A Polícia Ambiental reforça o apelo para que a população denuncie irregularidades ambientais por meio dos canais oficiais, como o telefone 190 ou os aplicativos das polícias ambientais estaduais. O combate ao crime ambiental depende da participação ativa da sociedade.