Operação Galiléia: Polícia Ambiental Flagrou Caça Ilegal às Margens do Rio Jacaré-Guaçu
Dois homens foram presos em flagrante por porte ilegal de arma e abate de animal silvestre; carne de jacaré foi apreendida durante patrulhamento noturno.
Durante ação integrada no contexto da Operação Galiléia, a Polícia Militar Ambiental realizou importante intervenção no combate à caça e pesca predatórias na região do município de Tabatinga/SP. As diligências, realizadas na noite do último sábado, concentraram-se no Condomínio Mata Égua, área ribeirinha às margens do Rio Jacaré-Guaçu, identificada previamente como ponto crítico de ações ilegais contra a fauna silvestre.
Segundo informações obtidas por meio de fontes oficiais, por volta das 23h, as equipes de patrulhamento surpreenderam dois indivíduos no momento em que retiravam uma embarcação da água. A abordagem imediata revelou indícios de crime ambiental e posse ilegal de armamento. Com os abordados, foram encontrados diversos petrechos de caça, munições e uma carabina calibre .38 com numeração suprimida — fator que agrava a tipificação penal por dificultar a rastreabilidade da arma.
Durante os procedimentos, os homens ainda admitiram que a carne transportada — aproximadamente 1,5 kg — era proveniente de um jacaré abatido ilegalmente naquela noite. O material foi apreendido pelas autoridades, juntamente com o armamento e demais itens utilizados na prática da infração ambiental.
A ação resultou na lavratura de dois Autos de Infração Ambiental, com base no artigo 25 da Resolução SIMA n° 05/2021, que veda a caça de animais da fauna nativa silvestre. A multa aplicada a cada infrator foi de R$ 1.500,00, com majoração em razão da prática ter ocorrido no período noturno — circunstância que amplia o dano à biodiversidade e agrava as consequências legais.
Além do procedimento administrativo, os envolvidos foram presos em flagrante pelo crime de porte ilegal de arma de fogo, conforme determina o Estatuto do Desarmamento (Lei nº 10.826/03). A ocorrência foi apresentada à Delegacia de Polícia Civil de Ibitinga, onde a autoridade policial ratificou a prisão, mantendo os infratores à disposição da Justiça.
A Operação Galiléia tem caráter preventivo e repressivo, atuando em áreas sensíveis à degradação ambiental. As forças de segurança reiteram a importância do patrulhamento constante e da atuação conjunta entre os órgãos de proteção ambiental e a população, que pode contribuir com denúncias anônimas para preservar os recursos naturais e a fauna brasileira.
As investigações sobre outras possíveis infrações na região continuam, e novas ações já estão previstas para ampliar o monitoramento em áreas estratégicas do interior paulista. A preservação da fauna silvestre é compromisso legal e ético de todos os cidadãos, e a repressão à caça predatória segue sendo uma das prioridades das forças ambientais do estado de São Paulo.