30 de março de 2025
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Crônica: Vidas: já não me importam mais

Por: Sérgio Sant’Anna*

De que me adianta ter o dinheiro se vidas já não há mais?

Questionam-me pela poesia, acham que é só fantasia, porém o Homem já não sabe amar…

Pobres almas perdidas, agredidas pela sede de poder ganhar…

Não me preocupo com aqueles que me ensinaram a amar, porque o tempo deles só irá me aprisionar…

Velhos babões, destruídos pelo tempo, meros empecilhos que vivem a vegetar…

Pois é, esqueço-me que possuem desejos, que construíram famílias, e há muito a viver, todavia o meu desejo é que só os meus prosperem, vivam, usufruam. É sempre bom levar a vantagem.

Vivemos um momento em que o saber é ofuscado pela ignorância, que próspera, caminha radiante como se assim desfilasse. Esbanja a beleza que não tem.

Não nos afastemos da humanidade, do altruísmo, da empatia, sejamos mais seres humanos; olhemos para os lados, nos preocupemos com os nossos semelhantes. Eles estão morrendo, sigamos às recomendações daqueles que estão na linha de frente, pois caso isso não aconteça, seremos as próximas vítimas.

Não sejamos egoístas, todavia altruístas. Não saiamos de casa (é isso que a sapiência prega), o resto é a ignorância personificada.

*Sérgio Sant’Anna é Professor de Redação no Poliedro, Professor de Literatura no Colégio Adventista e Professor de Língua Portuguesa no Anglo.

**Os artigos publicados com assinatura não manifestam a opinião de O Defensor. A publicação corresponde ao propósito de estimular o debate dos problemas municipais, estaduais, nacionais e mundiais e de refletir as distintas tendências do pensamento contemporâneo.