Nossa Palavra – Onda de calor atinge o Brasil e deve durar até o dia 21 de fevereiro

Fenômeno eleva temperaturas até 7°C acima da média e afeta regiões Sudeste, Nordeste e Centro-Oeste.

Uma intensa onda de calor começou a atingir o Brasil nesta quarta-feira (12) e deverá se estender até o dia 21 de fevereiro, conforme previsão do Climatempo. O fenômeno deve provocar temperaturas até 7°C acima da média histórica para o mês em várias localidades, especialmente nas regiões Sudeste, Nordeste e parte do Centro-Oeste.

De acordo com especialistas, para ser caracterizada como uma onda de calor, as temperaturas precisam se manter pelo menos 5°C acima da média histórica por cinco dias consecutivos ou mais. Durante esse período, algumas áreas poderão registrar picos ainda mais elevados, o que representa impactos significativos na saúde da população, no setor econômico e no meio ambiente.

A principal causa do fenômeno é um bloqueio atmosférico que se formará na região central do país. Esse sistema de alta pressão impede a entrada de frentes frias e inibe a formação de nuvens de chuva, resultando em tempo seco e muito quente. A circulação do ar associada a esse bloqueio intensifica o calor ao comprimir as massas de ar, aquecendo-as ainda mais.

Os estados mais afetados incluem o norte do Paraná, sul de Mato Grosso do Sul, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Minas Gerais, leste de Goiás, oeste da Bahia e sul do Piauí. Nessas áreas, as temperaturas extremas combinadas com a baixa umidade do ar aumentam os riscos de desidratação, insolação e complicações respiratórias.

Diante desse cenário, autoridades de saúde e meteorologistas recomendam medidas de precaução, como:

• Beber bastante água para manter o corpo hidratado.
• Evitar exposição ao sol nos horários de maior intensidade, entre 10h e 16h.
• Utilizar protetor solar e roupas leves e de cores claras.
• Priorizar ambientes ventilados ou climatizados.

Essa nova onda de calor ocorre em um contexto de aumento nas temperaturas globais, que têm atingido recordes ano após ano. O ano de 2024 foi considerado o mais quente já registrado no planeta, segundo dados de observatórios climáticos internacionais. A intensificação de eventos como este reforça os alertas sobre as mudanças climáticas e os seus impactos cada vez mais evidentes.

Os próximos dias serão de atenção redobrada, especialmente para grupos mais vulneráveis, como crianças, idosos e pessoas com problemas respiratórios ou cardiovasculares. Além dos cuidados individuais, especialistas alertam para possíveis reflexos no abastecimento de água e energia, dado o aumento no consumo causado pelas altas temperaturas.

A previsão de calor intenso exige planejamento e precauções não apenas da população, mas também de gestores públicos, especialmente no suporte às áreas mais críticas. A continuidade e frequência de fenômenos como este ressaltam a necessidade de ações de mitigação e adaptação às mudanças climáticas.