Nossa Palavra – O que esperar do futuro governo municipal

Expectativa é grande para a reconstrução de setores emergenciais e recuperação da confiança pública.

Com a aproximação do início do mandato do prefeito eleito Dr. Fúlvio Zuppani e seu vice, Roberto Palomino, Taquaritinga vive um momento de expectativa e esperança. A recente divulgação dos nomes que comporão as secretarias e superintendências das autarquias traz consigo a promessa de uma gestão focada na reconstrução de áreas críticas e no resgate da confiança da população.

A experiência de Dr. Fúlvio na área da saúde e a expertise empresarial de Palomino são vistas como trunfos para enfrentar os desafios financeiros e administrativos que marcam a realidade da Prefeitura. Com um cenário de dificuldades acumuladas, como atrasos no pagamento de fornecedores e precariedade nos serviços públicos, a dupla terá a missão de reorganizar setores essenciais já nos primeiros dias de governo.

Entre as escolhas mais comentadas estão as indicações de Mariana Mársico e Júlio Raposo para as superintendências do Instituto de Previdência Municipal (IPREMT) e do Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAET), respectivamente. Embora as nomeações tenham surpreendido parte da população, ambos os indicados possuem amplo potencial para conduzir essas instituições em um momento de transição e buscar soluções para os problemas estruturais que afetam aposentados e a prestação de serviços básicos.

Outro ponto que desperta atenção é a situação da Secretaria de Educação, que enfrentou críticas severas nos últimos anos. Reclamações sobre a falta de investimentos, ausência de parcerias efetivas com governos estadual e federal e a precariedade nas escolas municipais são desafios que exigirão uma atuação imediata e estratégica. A escolha dos novos representantes para a pasta demonstra o compromisso da futura gestão em reverter esse cenário e colocar “a casa em ordem”.

No entanto, a transição de governo não será livre de turbulências. Há rumores de que o atual prefeito afastado judicialmente possa retornar ao cargo nos últimos trinta dias de mandato, o que adiciona uma camada de incerteza ao processo. Além disso, a possibilidade de intervenção estadual nas contas municipais preocupa e evidencia a gravidade da crise administrativa.

Enquanto isso, os problemas cotidianos acumulam-se, como a falta de manutenção de praças públicas, a ausência de ações de “tapa-buracos” nas ruas e a precarização dos serviços básicos em bairros periféricos. Esses desafios refletem uma cidade que clama por atenção e medidas urgentes para recuperar sua infraestrutura e qualidade de vida.

Dr. Fúlvio e Roberto Palomino têm ciência do cenário que herdarão em janeiro. Desde já, estão sendo pressionados pela população e por setores da sociedade civil a apresentar soluções práticas para as demandas mais urgentes. O sucesso de sua gestão dependerá, sobretudo, da capacidade de enfrentar com agilidade e eficiência os problemas financeiros e administrativos, além de construir uma relação sólida com o governo estadual e federal para atrair investimentos para o município.

Se as expectativas serão cumpridas, apenas o tempo dirá. Mas uma coisa é certa: a população de Taquaritinga está vigilante, aguardando que o novo governo não apenas resolva os problemas herdados, mas também inicie uma trajetória de crescimento e estabilidade que beneficie a todos.