5 de dezembro de 2024
CidadeGeral

Em Taquaritinga: Volume de chuvas surpreende em outubro, mas déficit hídrico ainda preocupa

Quantidade acumulada no ano está abaixo da média histórica; expectativa de chuvas em novembro e dezembro pode ser decisiva.

Em outubro deste ano, Taquaritinga registrou um volume de chuvas surpreendente de 291 milímetros, mais que o dobro do esperado, que era de 132 milímetros, segundo estatísticas levantadas ao longo de três décadas por Silas Oliveira, ex-funcionário da Casa da Agricultura. O aumento repentino no volume trouxe alívio temporário, mas o acumulado de chuvas de janeiro a outubro ainda revela um déficit considerável.

De acordo com os dados apurados, o total de chuvas no município nos dez primeiros meses de 2024 foi de 735 milímetros, enquanto a média histórica para o mesmo período, com base em registros de trinta anos, é de 1.117 milímetros. Assim, o volume de precipitação acumulado ainda está 382 milímetros abaixo do esperado. Esse déficit, equivalente a litros de água por metro quadrado, evidencia um período prolongado de estiagem, que impacta diretamente as reservas hídricas, a agricultura e o abastecimento da região.

Para os próximos meses, a previsão é de mais chuvas, que podem ajudar a reduzir o déficit. Em novembro, espera-se um total de 172 milímetros, enquanto para dezembro a expectativa é de 252 milímetros. No entanto, os efeitos de um ano seco ainda podem ser sentidos, mesmo que as precipitações dos meses finais do ano estejam dentro ou até mesmo acima da média.

Silas Oliveira, que acompanhou de perto a meteorologia regional durante anos, observa que os últimos dados têm mostrado uma tendência de alterações climáticas mais bruscas e imprevisíveis.

A situação de déficit hídrico em Taquaritinga é um reflexo do que diversas regiões brasileiras têm enfrentado. Fenômenos climáticos como o El Niño podem contribuir para irregularidades no padrão das chuvas, agravando a seca em certas épocas e concentrando grandes volumes em curtos períodos, o que nem sempre é benéfico para a absorção dos solos ou o reabastecimento dos aquíferos.

Para os próximos anos, especialistas locais defendem a importância de monitorar esses padrões e investir em estratégias de conservação da água, buscando mitigar o impacto de ciclos climáticos desfavoráveis.

Enquanto novembro e dezembro ainda reservam esperança para um fim de ano mais úmido, o desafio para Taquaritinga está em lidar com a imprevisibilidade das chuvas e o planejamento de longo prazo.