Nossa Palavra – Novo ciclo político em Taquaritinga
A reunião ocorrida em 22 de outubro na Câmara Municipal de Taquaritinga, que reuniu os 15 vereadores eleitos para o período de 2025-2028, pareceu ser, à primeira vista, o início de um ciclo de renovação e comprometimento. Mas a grande pergunta que fica no ar é: até que ponto essa promessa de renovação trará mudanças concretas para o município?
Com nomes conhecidos como Dr. Denis Machado e Profa. Mirian Ponzio, ambos reeleitos, e novos representantes como Maria Azevedo, Lívia Zuppani e Meire Mazzini, o Legislativo terá a missão de equilibrar a experiência dos veteranos com a expectativa de inovação que vem com os novatos. O cenário político local demanda uma combinação de responsabilidade e criatividade, principalmente diante dos desafios econômicos e sociais que Taquaritinga enfrenta. No entanto, a presença de Beto Girotto, que já possui uma atuação ativa na política local, e o ingresso de novatos como Jhow Adorno e Fernandinho Cabeleireiro, trazem à tona um dilema comum: será que esses novos representantes conseguirão implementar suas ideias e principalmente uma modernidade ao Legislativo?
A diplomação dos eleitos, marcada para 19 de dezembro, e a posse no dia 1º de janeiro de 2025 são etapas formais de um processo político que se repete a cada quatro anos. No entanto, é na eleição da Mesa Diretora que se dará o verdadeiro jogo de poder, definindo quem controlará o destino das pautas legislativas no biênio 2025-2026. Se a composição dessa liderança continuar seguindo as alianças políticas tradicionais, qualquer expectativa de renovação pode ser frustrada antes mesmo do início da nova legislatura.
É importante lembrar que, em momentos de transição política, a população precisa estar atenta e cobrar que as promessas de campanha não sejam esquecidas. O desafio do novo Legislativo será, acima de tudo, mostrar que a renovação de nomes é acompanhada por uma renovação de práticas e atitudes. Caso contrário, a cidade poderá ver mais do mesmo: discursos carregados de boas intenções, mas com pouca ação efetiva.
Taquaritinga precisa de mais do que apenas novos rostos no poder. Precisa de políticas que dialoguem com a realidade da cidade, que escutem a população e que sejam comprometidas com o desenvolvimento sustentável e social do município. Se a 19.ª legislatura será capaz de trazer essa mudança, ainda é cedo para afirmar. O que podemos dizer é que, a partir de agora, os eleitores devem ficar atentos, pois a renovação, para ser verdadeira, precisa transcender o discurso e se refletir na prática legislativa.