5 de novembro de 2024
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Saúde: Terapia de reposição hormonal pode ser forte aliada contra os sintomas da menopausa

70% a 80% das mulheres relatam impactos na vida pessoal e profissional nesse período.

Inevitável na vida da maioria das mulheres, a menopausa marca o fim dos ciclos menstruais e o início de uma nova fase, porém, segundo dados da Sociedade Internacional de Menopausa, 70% a 80% delas enfrentam sintomas que afetam diretamente sua qualidade de vida pessoal e profissional. Diante desse cenário, a endocrinologista Dra. Nathalia Ferreira indica a terapia de reposição hormonal (TRH) como uma ótima aliada.

“Esse tipo de tratamento tem um impacto positivo na redução de sintomas como fogachos, insônia e irritabilidade. Além disso, também diminui os riscos de doenças mais graves frequentemente associadas à menopausa, como condições cardiovasculares, ansiedade, depressão e a osteoporose”, explica a especialista.

Segundo Dra. Nathalia, a maioria das mulheres vai começar a ter algum sintoma de pré-menopausa por volta dos 45 anos, as vezes ainda no climatério. Já a menopausa, de fato, acontece em torno dos 50 anos. “Mudanças no corpo, como o aumento da circunferência abdominal, falta de sono e oscilações de humor também são manifestações que afetam a autoestima e interferem diretamente no bem-estar diário”.

Outro ponto importante enfatizado pela endocrinologista é que o estilo de vida também desempenha um papel fundamental na intensidade dos sintomas. “Logo, fatores como a hereditariedade e o dia a dia influenciam muito nos tipos de manifestações. Mulheres que mantêm uma rotina de exercícios físicos, alimentação equilibrada e que evitam a obesidade, por exemplo, tendem a passar por essa fase de maneira mais tranquila”, aponta Dra. Nathalia.

Contraindicação e terapias alternativas

Apesar de seus inúmeros benefícios, a TRH não é indicada para todas as mulheres. “Pacientes com histórico familiar de cânceres hormonais, como o de mama ou ovário, devem evitar esse tratamento. Outro alerta importante a ser considerado são os riscos que costumam ser associados à terapia, como o de trombose, especialmente quando utilizada em doses elevadas”, esclarece Dra. Nathalia.

Para as mulheres que não podem ou não desejam optar pela reposição hormonal, a endocrinologista destaca ainda algumas alternativas eficientes. “Atualmente, existem medicamentos e fitoterápicos para ansiedade que podem ajudar bastante a reduzir os sintomas relacionados, e que têm mostrado bons resultados em muitas pacientes”.

Para Dra. Nathalia, com tantas opções de tratamentos disponíveis, como a terapia de reposição hormonal e as abordagens alternativas, é possível reduzir consideravelmente os impactos físicos e emocionais dessa transição. “Lembrando que o acompanhamento médico é sempre indispensável e essencial para avaliar os benefícios e riscos de cada tratamento, garantindo que cada mulher possa viver essa fase da vida com mais qualidade e bem-estar”.