14 de novembro de 2024
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Nossa Palavra – Nova frente fria trará alívio temporário, mas onda de calor persiste no Brasil

Chuva prevista para Sul, Sudeste e Centro-Oeste pode gerar “chuva preta” devido às queimadas.

Nos próximos dias, uma nova frente fria começará a se deslocar em direção à região central do Brasil, trazendo um alívio momentâneo para algumas áreas afetadas por uma onda de calor extremo e pela densa fumaça provocada por queimadas. Embora a chegada da frente fria traga esperanças de temperaturas mais amenas e precipitações, o sistema não será suficiente para dissipar o bloqueio atmosférico que está causando essa forte onda de calor, o que significa que, após a passagem da frente fria, as temperaturas voltarão a subir.

A previsão aponta que a frente fria atingirá inicialmente o Sul do país, região que tem registrado um contraste intenso de temperaturas ao longo da semana. Estados como Paraná, Santa Catarina e o norte do Rio Grande do Sul sentirão um alívio mais imediato, com queda acentuada nas temperaturas, oferecendo um breve descanso do calor abrasador. Para o Centro-Oeste, as regiões mais impactadas pela redução de temperatura serão o Mato Grosso do Sul, o sul de Mato Grosso e o sul de Goiás, que sentirão os efeitos da frente fria principalmente no final de semana.

No Sudeste, São Paulo, Rio de Janeiro e o sul de Minas Gerais também experimentarão uma breve redução no calor, com temperaturas mais amenas sendo registradas. No entanto, esse alívio será temporário, e a expectativa é de que o calor extremo retorne após a passagem do sistema, reafirmando o caráter abrangente dessa onda de calor que atinge várias regiões do país simultaneamente.

A crise ambiental provocada pelas queimadas que afetam grandes áreas da América do Sul, incluindo o Brasil, Bolívia e Paraguai, continua a agravar a situação, já que a fumaça densa deve persistir nos próximos dias. Infelizmente, não há previsão de uma melhora significativa na qualidade do ar, e as queimadas devem continuar intensas, especialmente na região central do Brasil.

Outro fenômeno que merece atenção é a chamada “chuva preta”, um evento em que a fuligem das queimadas se mistura às gotas de chuva, resultando em precipitações carregadas de partículas escuras. Esse tipo de chuva, que já foi registrado em outras situações de incêndios severos, poderá ocorrer nos próximos dias em áreas do Sul e Sudeste, onde as condições atmosféricas e a presença de fumaça são mais propensas a formar o fenômeno.

Enquanto a frente fria proporciona um respiro breve para parte do país, os impactos das queimadas e o retorno do calor extremo colocam em evidência a urgência de medidas para mitigar os efeitos das mudanças climáticas e a preservação ambiental.