Renováveis: SP lidera ranking nacional de Energia Solar distribuída
Estado encerra 2023 na frente de Minas Gerais, consolidando liderança na geração distribuída de energia solar.
Após um ano de intensas disputas, São Paulo assume o posto principal no cenário da geração distribuída de energia solar fotovoltaica no Brasil. Encerrando 2023 com uma potência instalada de 3,51 Gigawatts (GW), o estado paulista supera Minas Gerais, o segundo colocado, que atingiu 3,45 GW, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Outros estados brasileiros completam o ranking, todos registrando menos de 3 GW de energia solar distribuída. O Rio Grande do Sul figura em terceiro lugar, com 2,60 GW, seguido pelo Paraná, com 2,46 GW, enquanto Mato Grosso encerra o ano na quinta posição, contabilizando 1,54 GW.
A geração distribuída (GD) envolve mini e micro centrais geradoras de energia elétrica, colocando nas mãos das próprias unidades consumidoras a responsabilidade pela produção. Esta modalidade permite que o excedente gerado seja direcionado para a rede pública, convertendo-se em créditos ou descontos na conta de energia.
São Paulo trilha uma trajetória ascendente na geração distribuída de energia solar, saindo praticamente do zero há uma década para os expressivos 3,51 GW de 2023. No último ano, houve um aumento notável de 50% em relação ao período anterior.
Para estimular ainda mais a geração distribuída, o governo estadual implementou dois decretos (67.521/2023 e 68.100/2023) que alteram a incidência do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre diversos equipamentos. Essa ação visa incentivar a adoção de sistemas de energia solar, fortalecendo a posição de liderança do estado.
Além da redução da carga tributária, São Paulo oferece financiamentos específicos por meio da agência Desenvolve SP, vinculada à Secretaria de Desenvolvimento Econômico. Em 2023, foram celebrados 34 contratos de financiamento para projetos de energia solar, totalizando quase R$43 milhões.
Ao liderar o ranking nacional, São Paulo não apenas consolida sua posição na vanguarda da geração distribuída, mas também contribui para a diversificação e aumento da presença de energia renovável na matriz energética brasileira.