23 de dezembro de 2024
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Calor e umidade do verão exigem cuidados essenciais para a saúde sexual

Médico urologista Dr. Heleno Diegues Paes traz orientações cruciais sobre como a estação mais quente do ano pode influenciar a saúde íntima.

Com a chegada do verão, os dias ensolarados e as temperaturas elevadas convidam as pessoas a aproveitarem a temporada de diversas maneiras. Assim, é fundamental direcionar atenção aos cuidados com a Saúde, principalmente com a sexual, uma vez que o clima quente e úmido pode apresentar desafios singulares para homens e mulheres.

Ao considerar a interseção entre as condições climáticas e a saúde íntima, torna-se evidente a necessidade de orientações específicas para preservar o bem-estar sexual. Neste contexto, o médico urologista Dr. Heleno Diegues Paes, oferece dicas sobre os potenciais impactos do calor na saúde sexual e compartilha precauções essenciais para garantir experiências íntimas saudáveis durante a estação mais quente do ano.

Ele explica que o desenvolvimento de infecções fúngicas nos genitais de homens e mulheres possuem nomes diferentes de acordo com a região afetada. Quando afeta a vulva e/ou a vagina são chamadas de candidíase, já na glande e no prepúcio são chamadas de balanopostites, enquanto nas virilhas recebem o nome de tínea cruris.

“Lembrando que a atividade sexual pode ser considerada uma atividade física e se realizada em condições de calor, sob pouca hidratação, poderia levar a hipotensão e desmaios”, afirma o doutor.

Praticar sexo em condições desfavoráveis, como temperaturas extremas, pode impactar ainda na excitação e dificultar a obtenção do orgasmo ou a manutenção da ereção. Por outro lado, Heleno lembra que é uma época em que as pessoas usam menos roupas e praticam mais atividades ao ar livre, o que pode aumentar a provocação sensual entre as pessoas. Além de ser no verão que ocorre o Carnaval, época em que muitas pessoas procuram experiências sexuais.

Assim, para evitar infecções genitais ou irritações, o médico sugere manter a região genital seca, trocar roupas molhadas imediatamente após o contato com água e utilizar talco para auxiliar na secagem.

Quanto ao suor excessivo, o Dr. Paes alerta que pode levar à desidratação, resultando em hipotensão e mal-estar. A recomendação aqui é manter-se bem hidratado para prevenir esses efeitos adversos.

O especialista ressalta ainda a relação que existe entre a temperatura testicular e a espermatogênese. Por este motivo os testículos possuem posição do lado externo ao corpo e apresentam uma variação da sua posição de acordo com a temperatura. Em condições mais quentes eles ficam mais soltos, distantes do corpo. Já quando está frio, o escroto se contrai, fazendo com que fiquem rentes ao corpo.

“Quando está muito quente seria ideal que os homens evitassem roupas muito apertadas, para manterem essa auto-regulação funcionante”, alerta.

Por fim, o urologista lembra que o conforto térmico é importante para que tenha um bom libido, que pode ser sinônimo de excitação e desejo sexual. “Se a temperatura estiver incomodando será muito difícil de excitar-se. Sem excitação não tem sexo. O ideal é ajustar a temperatura do ambiente onde irá acontecer e relação”.

Sobre Heleno Paes

Santista de nascimento e criação, começou a se interessar pela medicina no final do ensino médio, quando precisou socorrer um amigo com cólica renal. Posteriormente esteve em uma excursão promovida pela escola para ajudar os estudantes a escolher a profissão, e conheceu a faculdade de medicina da USP. Ficou maravilhado com o estudo do corpo humano, com as peças do laboratório de patologia, e decidiu que era isso que queria fazer. Assim, ingressou na Faculdade de Medicina do Centro Universitário Lusíada, em Santos, em 1997.

Após seis anos, concluiu a graduação e se alistou no Exército. Foi para a Amazônia à serviço do Exército e realizou diversos trabalhos junto à população carente local. Após um ano, regressou e foi morar em São Paulo, onde se especializou em cirurgia geral no Hospital Municipal do Tatuapé, depois em Urologia no Hospital Santa Marcelina e, por fim, em Transplante Renal na mesma instituição.

Nesse período, fez cursos em microcirurgia, videolaparoscopia e outros relevantes para sua formação. Atualmente, atua como médico assistente das subespecialidades Uro-oncologia e Transplante Renal do Hospital Santa Marcelina, o maior hospital da Zona Leste de São Paulo. É também preceptor do internato médico e da residência médica e dá aulas na Faculdade de Medicina Santa Marcelina. Em Santos, pratica a medicina em seu consultório, onde dedica todos os esforços e conhecimento para cuidar de seus pacientes.