Ter um cachorro reduz risco de demência na velhice, revela estudo
O animal leva o idoso a praticar mais atividade física e a ter mais interações sociais
Quando se tem em mente ter um cachorro, logo pensamos nas vantagens para o pet e para a causa animal. Porém, o que muitos não lembram, ou até mesmo não sabem, é que ter um pet em casa estimula o cérebro e, consequentemente, contribui para a saúde mental.
Essa relação é tão forte que pode ser capaz, inclusive, de combater a demência, uma doença que afeta cerca de 2 milhões de pessoas no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. Ao menos é o que indica um estudo recentemente publicado na revista científica Preventive Medicine Reports, pessoas com mais de 65 anos e que são tutores de cachorros têm 40% menos probabilidade de desenvolver demência.
A pesquisa explica que ter um cãozinho normalmente aumenta a atividade física e as interações sociais, enquanto o tutor leva seu animal de estimação para passear, por exemplo. E ambos fatores são vitais para manter a saúde do cérebro e prevenir o declínio cognitivo.
Simone Cordeiro, diretora-comercial da Au!Happy, plano de saúde voltado para animais de estimação, esclarece que não basta apenas ter o pet em casa. “O estudo mostra que os donos de cães sem hábitos de vida diários relacionados com os cuidados com o animal não mostraram efeitos positivos relacionados com a prevenção da demência. Ou seja, é preciso, acima de tudo, cuidar do seu bichinho”, diz.
Especialistas esclarecem que a demência se caracteriza pelo declínio cognitivo, com uma condição grave de perda de memória, incluindo dificuldades de linguagem, resolução de problemas e outras atividades de pensamento que interferem na vida diária e na independência dos pacientes. De acordo com a Associação de Alzheimer, a doença de Alzheimer é a forma mais comum de demência entre idosos, representando de 60% a 80% dos casos.